Deputado critica indiciamento pela PF após discurso na Câmara e chama situação de 'estado de exceção'.
26 de Novembro de 2024 às 14h01

‘É uma forma de intimidar a oposição’, diz Marcel van Hattem sobre indiciamento

Deputado critica indiciamento pela PF após discurso na Câmara e chama situação de 'estado de exceção'.

O deputado federal Marcel van Hattem, do partido Novo, manifestou sua indignação em relação ao indiciamento realizado pela Polícia Federal (PF) por conta de um discurso proferido por ele na tribuna da Câmara dos Deputados. Na ocasião, o parlamentar criticou publicamente o delegado Fábio Schor, acusando-o de elaborar "relatórios fraudulentos" contra Filipe Martins, ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Em entrevista, Van Hattem descreveu o indiciamento como uma "afronta à Constituição e ao Parlamento". Ele enfatizou que essa ação representa uma tentativa de "intimidar, perseguir e curvar a legítima oposição eleita pelas urnas aos caprichos deste governo". O deputado comparou a situação atual a práticas observadas em regimes autoritários, afirmando que o Brasil vive um "estado de exceção".

Além disso, Van Hattem expressou preocupação com o que considera uma tentativa de silenciar vozes dissidentes no país. "Não tenho a menor dúvida de que a intenção é nos calar, transformar o cidadão brasileiro em uma massa apática, sem coragem para enfrentar o 'ditador de plantão'. Mas isso não vai funcionar, pois o brasileiro sempre teve uma tradição de resistência", afirmou.

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O indiciamento, segundo analistas, pode acabar fortalecendo a posição de Van Hattem como uma das principais vozes da oposição, especialmente em um cenário político em que o apoio de Bolsonaro pode ser decisivo para sua candidatura ao Senado em 2026. O ex-presidente, que já havia criticado a PF anteriormente, saiu em defesa do deputado, classificando o indiciamento como um ataque ao parlamento brasileiro.

Van Hattem, que se posiciona como um defensor da imunidade parlamentar, destacou a importância de um posicionamento claro do presidente da Câmara, Arthur Lira, sobre o caso, e também espera apoio do senador Rodrigo Pacheco. "O próximo passo é buscar a solidariedade de quem acredita na liberdade de expressão e no respeito às instituições", concluiu.

O caso gerou repercussão nas redes sociais, com diversos apoiadores do deputado manifestando solidariedade e criticando a atuação da PF em relação ao parlamento. O desenrolar dessa situação pode ter implicações significativas para o cenário político brasileiro e para as próximas eleições.

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