A maior criptomoeda do mundo voltou a subir após dados econômicos positivos dos EUA
28 de Novembro de 2024 às 12h17

Bitcoin se recupera e atinge US$ 95 mil em meio a feriado nos Estados Unidos

A maior criptomoeda do mundo voltou a subir após dados econômicos positivos dos EUA

O bitcoin (BTC) apresenta uma recuperação significativa nesta quinta-feira, 28, alcançando o patamar de US$ 95 mil, após ter registrado um valor de US$ 92 mil no início da semana. Essa alta ocorre em meio ao feriado de Dia de Ação de Graças nos Estados Unidos, que tende a reduzir a liquidez do mercado. Embora o comércio de criptomoedas funcione ininterruptamente, a pausa nos negócios nos EUA gera uma diminuição no volume de transações, visto que a maior parte do capital investido globalmente está concentrado no país.

A recuperação do bitcoin foi impulsionada pela divulgação de dados econômicos positivos. O Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA cresceu 2,8% na segunda leitura do terceiro trimestre, alinhando-se às expectativas do mercado e sem mudanças em relação à primeira leitura. Além disso, o Índice de Preços de Gastos com Consumo (PCE) aumentou 0,2% em outubro, também em conformidade com as estimativas, sem alterações significativas em relação ao mês anterior. A inflação medida por este índice, um dos preferidos do Federal Reserve (Fed), atingiu 2,3% na base anual, ligeiramente acima da meta de 2% estabelecida pelo banco central americano.

“O cenário continua apresentando maior probabilidade de pouso suave e afastando as preocupações mais alarmantes sobre o enfraquecimento da atividade”, afirma Paula Zogbi, gerente de análise e head de conteúdo da Nomad.

Por volta das 10h31 (horário de Brasília), o bitcoin registrava uma alta de 1,5% em 24 horas, cotado a US$ 95.295. O ether, moeda digital da rede Ethereum, também apresentou valorização, subindo 3,5% e alcançando US$ 3.606. O valor total do mercado de criptomoedas está estimado em US$ 3,45 trilhões. Em termos de reais, o bitcoin apresenta ganhos de 3,8%, sendo cotado a R$ 568.041, enquanto o ether avança 5,5%, alcançando R$ 21.426, conforme dados do MB.

Entre as altcoins, a solana (SOL) teve uma leve desvalorização de 0,3%, cotada a US$ 235,15, enquanto o BNB, token da Binance Smart Chain, apresentou uma alta de 4,6%, alcançando US$ 653,98.

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No mercado de fundos negociados em bolsa (ETFs) de bitcoin à vista nas bolsas americanas, foi registrado um saldo líquido positivo de US$ 103 milhões. Os principais responsáveis pelos números positivos foram o BITB, da Bitwise, com um excesso de compras de cotas de US$ 48 milhões, e o FBTC, da Fidelity, com US$ 40,2 milhões. No segmento de ETFs de ether, o fluxo também foi positivo, somando US$ 90,1 milhões.

Conforme informações do site Coindesk, as altcoins, que durante grande parte do ciclo de alta estavam apresentando desempenho inferior ao do bitcoin, agora estão superando a criptomoeda referência. Os dados on-chain indicam um aumento nos níveis de atividade na rede Ethereum entre maio e setembro, com crescimento nas receitas, taxas, novas carteiras e volume negociado. Esse movimento sugere que os investidores estão demonstrando um apetite por risco maior no universo das criptomoedas.

Além disso, a Bloomberg noticiou que a equipe de transição do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, entrevistou o conservador Paul Atkins, ex-funcionário da Comissão de Valores Mobiliários do país (SEC), para assumir a presidência do órgão regulador, cargo atualmente ocupado por Gary Gensler. Atkins é um defensor de ativos digitais e fintechs, uma posição que contrasta com a visão anti-cripto de Gensler durante sua gestão, que se encerrará no próximo dia 20 de janeiro.

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