Jantar entre o CEO da Meta e o presidente eleito marca aproximação após anos de tensões e críticas mútuas
28 de Novembro de 2024 às 18h22

Mark Zuckerberg se encontra com Donald Trump e discute renovação nos EUA

Jantar entre o CEO da Meta e o presidente eleito marca aproximação após anos de tensões e críticas mútuas

O CEO da Meta, Mark Zuckerberg, teve um encontro significativo com o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, na noite de quarta-feira, 27, em sua residência em Mar-a-Lago, na Flórida. Este jantar, segundo informações de assessores, foi uma oportunidade para ambos discutirem a futura administração do país e representa uma mudança notável na relação entre eles, que foi marcada por anos de desavenças e críticas.

Um porta-voz da Meta confirmou o encontro, afirmando que Zuckerberg ficou agradecido pelo convite e pela chance de se reunir com membros da equipe de Trump para debater a nova administração. O executivo expressou interesse em apoiar a “renovação nacional” dos Estados Unidos sob a liderança do novo presidente, conforme relatado por Stephen Miller, que será o vice-chefe de gabinete de Trump.

A relação entre Zuckerberg e Trump passou por momentos conturbados, especialmente após o banimento do ex-presidente das plataformas Facebook e Instagram em 2021, em decorrência do ataque ao Capitólio. Na época, a Meta justificou a decisão alegando que Trump havia incitado a violência. Desde então, o ex-presidente fez várias críticas públicas ao CEO da Meta, aumentando a tensão entre eles.

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Embora a conta de Trump tenha sido restaurada no início de 2023, o ex-presidente continuou a atacar Zuckerberg em suas redes sociais. Em uma recente postagem, Trump ameaçou prender Zuckerberg, referindo-se a ele com um apelido depreciativo. Entretanto, ao que parece, o encontro foi um passo em direção à reconciliação, com Zuckerberg adotando uma postura mais positiva em relação a Trump durante a campanha eleitoral de 2024.

O momento do encontro é relevante, pois a Meta enfrenta um processo antitruste da Comissão Federal de Comércio (FTC) e está sob o olhar atento de legisladores que pleiteiam maior controle sobre as grandes empresas de tecnologia. Nesse contexto, Zuckerberg busca reconstruir relações com o governo americano, o que pode ser estratégico para a empresa no futuro.

O desejo de Zuckerberg de participar ativamente da nova era política nos Estados Unidos foi enfatizado por Miller, que afirmou que o CEO “tem sido claro sobre seu desejo de apoiar e participar da mudança que estamos vendo no país”. Essa aproximação pode sinalizar uma nova fase na interação entre o setor tecnológico e o governo, após um período de distanciamento durante o primeiro mandato de Trump.

Embora a presença de outras figuras proeminentes do setor, como o empresário Elon Musk, não tenha sido confirmada, o encontro entre Zuckerberg e Trump certamente levanta questões sobre o futuro da política e da tecnologia nos Estados Unidos, à medida que o país se prepara para um novo capítulo sob a liderança do republicano.

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