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Vendas de diesel no Brasil alcançam recorde histórico em outubro, aponta ANP
Distribuidoras registraram 6,23 bilhões de litros vendidos, alta de 8,1% em relação ao ano passado.
As vendas de diesel B por distribuidoras no Brasil atingiram um marco significativo em outubro, com um total de 6,23 bilhões de litros comercializados. Este volume representa um aumento de 8,1% em comparação ao mesmo mês do ano anterior, conforme dados divulgados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
O desempenho positivo nas vendas é creditado ao aquecimento da economia brasileira, que tem impulsionado a demanda por fretes e, consequentemente, pelo consumo de diesel. Isabela Garcia, analista de Inteligência de Mercado da StoneX, destacou em sua análise que “o resultado estende e aprofunda a tendência observada ao longo do último ano, onde uma economia mais aquecida em diversos setores tem impulsionado o consumo de diesel B, já misturado com biodiesel”.
No acumulado do ano até outubro, as distribuidoras já venderam 56,7 bilhões de litros de diesel B, o que representa um crescimento de 3,7% em relação ao mesmo período de 2023. Garcia também comentou sobre as expectativas para os próximos meses, afirmando que “o consumo deve continuar aquecido, embora seja menos provável que se repita o resultado excepcional de outubro, devido à esperada desaceleração da demanda em dezembro, que é sazonal”.
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Além do diesel, as vendas de gasolina também mostraram um desempenho positivo em outubro, alcançando 3,86 bilhões de litros, um avanço de 3,9% em relação ao mesmo mês do ano passado. O etanol hidratado, concorrente direto da gasolina, registrou uma venda de 1,86 bilhão de litros, refletindo um aumento de 14,4% na mesma comparação.
Garcia ressaltou que “a recuperação do consumo de gasolina era esperada, considerando a tendência sazonal de aumento no consumo de combustíveis leves no quarto trimestre”. No entanto, apesar do aumento nas vendas de gasolina em outubro, no acumulado do ano, o consumo desse combustível ainda apresenta uma queda de 4,5%, com um total de 36,5 bilhões de litros vendidos até agora.
Para o futuro, a analista prevê que, mesmo com um aumento na demanda em novembro e dezembro, o consumo de gasolina deverá terminar 2024 em queda, devido à menor competitividade em relação ao etanol. O etanol, por sua vez, teve vendas acumuladas de 17,89 bilhões de litros entre janeiro e outubro, um aumento expressivo de 40,7% em comparação ao mesmo período do ano passado.
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