Jovem brasileiro de 19 anos morre em combate na guerra da Ucrânia
Tiago Nunes, natural de Rurópolis (PA), era voluntário nas forças ucranianas contra a Rússia
Tiago Nunes, um brasileiro de 19 anos, foi morto em combate na última quinta-feira, 28, enquanto atuava como voluntário nas forças ucranianas durante a guerra contra a Rússia. A confirmação do falecimento foi feita pela Prefeitura de Rurópolis, sua cidade natal, localizada no estado do Pará.
Conhecido por amigos como “Índio”, Tiago havia se juntado ao conflito na Ucrânia há menos de um mês, sem informar a família sobre sua decisão e destino. A notícia de sua morte gerou consternação entre familiares e amigos, que se reuniram para prestar homenagens ao jovem.
Vitor Scalabrin, um amigo próximo, comentou sobre a personalidade de Tiago, destacando que ele sempre sonhou em servir ao Exército. “Ele era um ótimo filho e tinha o dom de fazer qualquer pessoa rir, independentemente do lugar em que estivesse”, afirmou Vitor em um tributo nas redes sociais.
A Prefeitura de Rurópolis expressou suas condolências publicamente, afirmando: “Neste momento de profunda tristeza e dor, manifestamos aos familiares e amigos nossas mais sinceras condolências.”
Tiago Nunes não é o primeiro brasileiro a perder a vida no conflito. Em 2023, a morte de Antôni Hashitani, um estudante de medicina de 25 anos, foi confirmada pelo Itamaraty. Ele atuava em um grupo paramilitar na região de Bakhmut, que tem sido um dos cenários mais intensos da guerra.
No ano anterior, o Ministério das Relações Exteriores já havia reportado a morte de outros brasileiros, como André Hack Bahi e Douglas Búrigo, que também lutavam como voluntários ao lado das tropas ucranianas.
A morte de Tiago ocorre em um momento crítico, em que as forças russas têm avançado no leste da Ucrânia, intensificando o uso de mísseis e drones. O presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, expressou preocupações sobre o conflito, destacando os riscos de uma derrota caso o apoio ocidental à Ucrânia seja reduzido.
Recentemente, a situação no campo de batalha se agravou, com os Estados Unidos autorizando a Ucrânia a utilizar mísseis de longo alcance contra alvos russos. Essa decisão é parte de uma escalada das tensões entre os dois países, que já dura quase dois anos.
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