Seis pessoas foram baleadas durante a operação no Complexo da Penha, incluindo uma mulher grávida e um policial. A ação visa combater o tráfico.
03 de Dezembro de 2024 às 14h48

Megaoperação na Penha resulta em feridos e prisões de traficantes no Rio

Seis pessoas foram baleadas durante a operação no Complexo da Penha, incluindo uma mulher grávida e um policial. A ação visa combater o tráfico.

Nesta terça-feira (3), uma megaoperação policial no Complexo da Penha, na zona norte do Rio de Janeiro, deixou seis pessoas feridas, entre elas uma mulher grávida e um policial civil. A ação, que envolve a Polícia Civil e Militar, já resultou na prisão de dez suspeitos e na recuperação de doze veículos roubados.

Os conflitos começaram nas primeiras horas da manhã, quando os policiais foram recebidos a tiros por criminosos, provocando um intenso tiroteio que colocou a população em meio ao fogo cruzado. Relatos de moradores indicam que os disparos começaram por volta das 5h20, e blindados foram vistos circulando pela comunidade, enquanto os criminosos ateavam fogo a barricadas em resposta à operação.

Entre os feridos, uma mulher grávida sofreu ferimentos por estilhaços e um policial civil foi atingido no ombro. Um idoso e um jovem de 26 anos também foram baleados, mas já receberam atendimento médico e foram liberados. Duas pessoas permanecem internadas no Hospital Getúlio Vargas, uma delas em estado grave após ser baleada nas costas enquanto aguardava ônibus.

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A operação, que faz parte da chamada Operação Torniquete, tem como alvo os traficantes do Comando Vermelho (CV), que são acusados de organizar roubos de veículos e cargas para financiar suas atividades criminosas, incluindo a compra de armamento e munição. Além disso, as ordens para disputas territoriais entre facções rivais são emitidas a partir do Complexo da Penha, conforme as investigações.

Policiais civis de outros estados, como Pará e Ceará, também participam da ação, uma vez que lideranças criminosas de suas regiões estariam se escondendo na comunidade, que se tornou uma base operacional do CV. A operação conta com o apoio de diversas unidades da polícia, incluindo o Departamento-Geral de Polícia Especializada e a Subsecretaria de Inteligência.

Além dos impactos na segurança, a operação provocou o fechamento de pelo menos 17 escolas e postos de saúde na região, além de afetar a circulação do transporte público. As autoridades ainda não divulgaram um balanço completo da operação, mas um casal foi preso até o momento.

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