Djair Oliveira de Araújo, ex-soldado da PM do Rio, é acusado de aplicar golpes em investidores com promessas de lucros altos.
03 de Dezembro de 2024 às 16h48

Ex-PM é investigado por fraudes financeiras após ostentação com carros de luxo

Djair Oliveira de Araújo, ex-soldado da PM do Rio, é acusado de aplicar golpes em investidores com promessas de lucros altos.

Djair Oliveira de Araújo, ex-soldado da Polícia Militar do Rio de Janeiro, está sob investigação da Polícia Civil por supostamente aplicar golpes financeiros em um grupo de pelo menos 20 pessoas. O ex-PM, que se apresentava como um expert no mercado financeiro, utilizava sua ostentação com carros de luxo, como um Porsche 911 Turbo S avaliado em R$ 2,4 milhões, para atrair investidores.

O Porsche, que foi financiado em dez parcelas de R$ 230 mil, teve apenas cinco pagamentos realizados antes de Djair vendê-lo por R$ 1,6 milhão. Após deduzir custos e parcelas em atraso, o ex-militar ficou com apenas R$ 240 mil. Documentos bancários da empresa Dektos, de sua propriedade, revelam que o ex-PM tinha um estilo de vida luxuoso, que incluía viagens internacionais e jantares em restaurantes renomados.

Para reforçar sua imagem de sucesso, Djair alugou por cerca de um ano uma mansão no condomínio Mansões, na Barra da Tijuca, avaliada entre R$ 35 milhões e R$ 40 milhões. O aluguel mensal de R$ 65,9 mil foi pago com os recursos obtidos de seus investidores, que acreditavam nas promessas de altos rendimentos.

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As redes sociais de Djair eram uma vitrine de ostentação, onde ele mostrava sua vida luxuosa, captando a atenção de policiais e profissionais liberais que buscavam investimentos. Ele prometia lucros diários de até R$ 20 mil, além de rendimentos fixos de 5% ao mês. Com isso, muitos investidores, incluindo ex-colegas da PM, foram atraídos para seu esquema.

Entre os relatos de vítimas, um ex-policial afirmou ter investido R$ 330 mil, enquanto um engenheiro civil perdeu R$ 595 mil. Ambos os investidores relatam que foram bloqueados por Djair nas redes sociais após tentativas de recuperação de seus valores. As promessas de lucros fixos e a credibilidade que ele buscava construir através de sua conexão com policiais do Bope eram parte de sua estratégia para enganar os investidores.

Djair se apresentou como CEO da Dektos e alegou que sua empresa não quebrou e que as acusações contra ele são infundadas. Ele defendeu-se afirmando que muitos dos investidores eram seus funcionários ou pessoas próximas, e que possui documentos que comprovam pagamentos realizados. “Minha empresa segue operando normalmente, e estou tranquilo quanto às acusações”, afirmou.

Enquanto isso, a Polícia Civil continua a investigar o caso, e as vítimas tentam reaver os valores através de ações judiciais. O ex-soldado aguarda as decisões da Justiça e sustenta que as alegações contra ele não têm fundamento.

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