Moraes permite que Bolsonaro participe de missa em homenagem à mãe de Valdemar

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou nesta quarta-feira, 4, o ex-presidente Jair Bolsonaro a comparecer à missa de sétimo dia da mãe do presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto. O evento está agendado para o dia 9 de dezembro, em Mogi das Cruzes, São Paulo.

Esta decisão é semelhante àquela que permitiu a Bolsonaro participar do velório da mãe de Valdemar, ocorrido na última terça-feira, 3. No entanto, o ex-presidente não compareceu ao sepultamento, alegando falta de tempo para se deslocar de Brasília a Mogi das Cruzes. Para representá-lo, Bolsonaro enviou sua esposa, Michelle Bolsonaro.

Na sua autorização, Moraes reafirmou que, apesar da permissão para a participação na missa, Bolsonaro e Valdemar estão proibidos de manter qualquer contato, devido às investigações em andamento relacionadas à tentativa de golpe de Estado, na qual ambos foram indiciados. A proibição de comunicação entre eles foi estabelecida em fevereiro deste ano, após a deflagração da Operação Tempus Veritatis pela Polícia Federal.

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Em resposta ao pedido da defesa de Bolsonaro, o ministro ressaltou que a autorização se dá em caráter provisório e não isenta o ex-presidente do cumprimento das demais medidas cautelares impostas pelo STF. “O peticionário compromete-se expressamente a cumprir de forma rigorosa todas as restrições impostas, abstendo-se de manter qualquer diálogo acerca das investigações em curso”, destacou Moraes.

A investigação apura a suposta organização criminosa por trás da tentativa de golpe, e tanto Bolsonaro quanto Valdemar negam as acusações. A decisão de Moraes foi recebida com expectativa, uma vez que a missa representa uma oportunidade para os dois se encontrarem, mesmo com as restrições legais em vigor.

A mãe de Valdemar, Leila Caran Costa, faleceu aos 99 anos, e a cerimônia de sétimo dia é um momento significativo para a homenagem póstuma. A expectativa é que a presença de Bolsonaro na missa atraia a atenção da mídia e do público, dada a proximidade política entre os dois e o contexto das investigações.

Com a autorização, Bolsonaro busca demonstrar um compromisso com as tradições familiares e religiosas, ao mesmo tempo que se mantém atento às diretrizes legais que o cercam. A situação continua a ser monitorada de perto pelas autoridades e pela opinião pública.