Agressões ocorreram na noite de quarta-feira (4) em Barueri; SSP investiga o caso e promete apuração rigorosa.
05 de Dezembro de 2024 às 13h33

Policiais militares agredem idosa e sua família em Barueri, SP, durante abordagem

Agressões ocorreram na noite de quarta-feira (4) em Barueri; SSP investiga o caso e promete apuração rigorosa.

Uma idosa de 63 anos, identificada como Lenilda Messias, e sua família foram agredidos por policiais militares na noite da última quarta-feira (4), em Barueri, região metropolitana de São Paulo. O incidente ocorreu dentro da garagem da residência da família, localizada no Jardim Regina Alice, e gerou grande repercussão nas redes sociais após a divulgação de vídeos que mostram a brutalidade das ações dos agentes.




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O conflito teve início quando Juarez Higino, filho de Lenilda, foi abordado pelos policiais enquanto tentava retirar sua moto da calçada. Os agentes alegaram que o veículo apresentava irregularidades, com licenciamento atrasado, e que pretendiam apreendê-lo. Juarez, ao tentar dialogar com os policiais e solicitar a retirada de seus pertences da moto, foi surpreendido pela reação agressiva dos agentes.

“Bateram em mim, no meu filho, na minha mãe e na minha irmã”, relatou Juarez, demonstrando a gravidade da situação. A confusão se intensificou quando testemunhas que estavam no local tentaram ajudar, fechando o portão da garagem, mas os policiais arrombaram a entrada e invadiram a propriedade, usando força desproporcional.

Em um dos vídeos, é possível ver Lenilda com o rosto ensanguentado e Juarez sendo imobilizado com um golpe de mata-leão, uma técnica que, segundo informações, é proibida desde 2020. A situação foi descrita por Juarez como “uma verdadeira cena de terror”, evidenciando a desproporcionalidade da ação policial.

Após o ocorrido, Lenilda foi levada ao hospital para atendimento médico, e a família registrou um boletim de ocorrência na Delegacia de Polícia de Barueri. Todos os agredidos passaram por exames de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML) de Osasco na manhã seguinte.

A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) anunciou que o caso foi encaminhado à Corregedoria da Polícia Militar para investigação rigorosa. Em nota, a SSP destacou que “não compactua com desvios de conduta” e que medidas cabíveis serão tomadas contra os envolvidos, assegurando que qualquer ocorrência de excessos será apurada adequadamente.

A Ouvidoria da Polícia também se manifestou sobre o caso, exigindo uma mudança de postura da Polícia Militar e solicitando ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, que tome as providências necessárias para garantir a proteção da população.

A Polícia Civil está atualmente analisando as imagens do incidente e investigando todas as circunstâncias que envolveram as agressões, em um contexto onde a violência policial tem sido um tema cada vez mais debatido na sociedade brasileira.

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