Aldo Fabiano Angelotti, de 42 anos, teria provocado acidente intencionalmente em Uberlândia; investigação aponta premeditação.
07 de Dezembro de 2024 às 11h09

Homem é suspeito de desativar airbag e causar acidente para matar esposa e receber seguro milionário

Aldo Fabiano Angelotti, de 42 anos, teria provocado acidente intencionalmente em Uberlândia; investigação aponta premeditação.

Um homem de 42 anos, identificado como Aldo Fabiano Angelotti, foi preso na última quinta-feira (5) em Uberlândia, Minas Gerais, sob a suspeita de ter desativado o airbag do carro que dirigia, com o intuito de matar sua esposa, Maria Cláudia Angelotti, de 44 anos. O trágico acidente ocorreu no dia 30 de agosto, quando o veículo colidiu contra uma árvore no canteiro central de uma avenida da cidade.

As investigações da Polícia Civil revelaram que Aldo teria agido de maneira intencional, visando obter o valor de quase R$ 1 milhão de apólices de seguro de vida que estavam em nome de Maria Cláudia. A polícia apurou que o casal havia contratado pelo menos três apólices de seguro nos meses anteriores ao acidente, e Aldo era um dos beneficiários.

De acordo com os dados coletados, o dia do acidente foi marcado por circunstâncias suspeitas. A perícia constatou que Maria Cláudia estava sem cinto de segurança e, crucialmente, o airbag do lado do passageiro, que deveria ser acionado em caso de colisão, havia sido desativado. Isso levanta a hipótese de que Aldo teria manipulado o veículo de forma deliberada para garantir que sua esposa não sobrevivesse ao impacto.

- CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE -

Ao dirigir, Aldo supostamente jogou o carro contra uma árvore escolhida propositalmente, em um ato que parece ter sido premeditado. Informações da investigação indicam que Aldo teria planejado o crime desde o início de 2024, quando o casal reatou o relacionamento após um período de separação. A polícia ainda está averiguando se ele tinha conhecimento de que o airbag estava desativado.

Durante a abordagem policial, os investigadores realizaram um mandado de busca e apreensão na residência de Aldo, onde foram encontradas 14 munições de calibre 9 milímetros, sem a devida documentação. No momento da prisão, Aldo negou as acusações, alegando que o ocorrido foi um acidente, mas as evidências coletadas sugerem o contrário.

A Polícia Civil considera o caso como um homicídio, destacando que as condições do acidente não se alinham com a versão de Aldo. O delegado Eduardo Leal afirmou que “a polícia não tem dúvidas de que se trata de um crime premeditado, visando vantagem financeira”. As apólices de seguro foram assinadas apenas dias antes do acidente, aumentando as suspeitas sobre as intenções de Aldo.

A investigação continua em andamento, e Aldo permanece detido no Presídio Professor Jacy de Assis, em Uberlândia, enquanto as autoridades buscam mais informações para esclarecer todos os detalhes do caso.

Veja também:

Tópicos: