A estrutura, datada de mais de 500 anos, pertence a um assentamento conhecido como San Miguel.
09 de Dezembro de 2024 às 14h29

Descoberta de pirâmide pré-hispânica em rodovia no México revela vestígios históricos

A estrutura, datada de mais de 500 anos, pertence a um assentamento conhecido como San Miguel.

Recentemente, durante a construção de uma terceira pista em uma rodovia federal no estado de Hidalgo, no centro-leste do México, trabalhadores se depararam com uma estrutura incomum. Arqueólogos do Instituto Nacional de Antropologia e História (INAH) foram chamados para investigar e confirmaram a descoberta de uma pirâmide antiga.

A pesquisa inicial, realizada com o auxílio de um drone, resultou na coleta de 155 amostras, que incluem fragmentos de cerâmica, ferramentas de pedra e conchas de animais. Esses materiais passarão por análises nos próximos meses, com o objetivo de aprofundar o conhecimento sobre a ocupação humana na região.

A pirâmide faz parte de um assentamento pré-hispânico conhecido como San Miguel, datado entre os períodos epiclássico (650-950 d.C.) e pós-clássico tardio (1350-1519 d.C.). Durante essa época, a área estava sob o controle do “senhorio Metzca”, que deixou uma forte influência cultural até pelo menos o século XVI.

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Além da pirâmide, o local também abriga pelo menos dez túmulos e cinco setores distintos, indicando uma ocupação humana que remonta a 14 mil anos. As autoridades locais já aprovaram a construção de um muro para proteger a estrutura recém-descoberta, garantindo que futuras investigações possam ser realizadas sem interferências.

A descoberta tem grande importância para a compreensão da história da Serra Alta de Hidalgo. Os especialistas acreditam que a análise dos materiais coletados poderá revelar informações cruciais sobre a vida e os costumes dos primeiros habitantes da região.

Nos últimos anos, o uso de tecnologias modernas, como o LiDAR, tem facilitado a identificação de estruturas antigas enterradas, contribuindo para o avanço da arqueologia na América Latina. No ano passado, essa técnica foi utilizada para descobrir uma estrada de 18 quilômetros que conectava cidades maias, além de evidências de uma civilização até então desconhecida na Guatemala.

As primeiras análises dos materiais coletados estão sendo realizadas por instituições de ensino da região, incluindo o Colégio do Estado de Hidalgo e a Universidade Tecnológica da Serra Hidalguense. Essas pesquisas prometem enriquecer o entendimento sobre a complexidade das sociedades pré-hispânicas e suas interações ao longo da história.

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