Policial é flagrado pisando na cabeça de motorista durante abordagem em SP
O incidente ocorreu no último domingo em Campo Grande; motorista foi preso após resistir à abordagem e agredir agentes.
No último domingo, um policial militar foi flagrado em vídeo pisando na cabeça de um motorista de aplicativo durante uma abordagem na Zona Sul de São Paulo, especificamente no bairro Campo Grande. O motorista, que estava sob a influência de álcool, foi preso após desobedecer a uma ordem de parada e resistir à prisão, agredindo os policiais e proferindo injúrias raciais.
De acordo com informações do boletim de ocorrência, o motorista teria avançado um sinal vermelho e ignorado a ordem dos dois policiais que estavam em uma viatura. A situação se agravou quando o homem, ao ser abordado, resistiu e agrediu um dos agentes, mordendo sua axila e xingando-o com termos racistas, como “macaco”.
Uma testemunha do incidente gravou a abordagem, onde é possível ver o motorista imobilizado no chão enquanto um dos policiais pisa em sua cabeça. O vídeo gerou indignação entre os presentes, que tentaram intervir, sendo que uma mulher chegou a ser ameaçada com uma arma por um dos policiais.
Em depoimento, os policiais relataram que o motorista teria agredido um deles e que, durante a abordagem, ele continuou a proferir ofensas. A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo informou que o teste do bafômetro confirmou a presença de álcool no organismo do motorista, que foi levado à delegacia após o incidente.
O caso está sendo investigado pelo 98º Distrito Policial do Jardim Miriam. A Polícia Militar declarou que está analisando as imagens da abordagem para apurar as circunstâncias do ocorrido. O delegado de plantão determinou que o motorista fosse encaminhado ao pronto-socorro para atendimento médico e ao Instituto Médico Legal (IML) para exames.
O incidente levanta questões sobre o uso da força por parte das autoridades e a necessidade de uma revisão nas práticas de abordagem policial, especialmente em situações que envolvem resistência e agressão. A sociedade civil e os órgãos de direitos humanos estão atentos ao desdobramento deste caso, que poderá influenciar futuras diretrizes de atuação policial.
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