Pesquisa Genial/Quaest mostra que índice de otimismo sobre a economia despencou de 33% para 27% em três meses.
11 de Dezembro de 2024 às 09h22

Queda na percepção de melhora da economia revela pessimismo crescente entre brasileiros

Pesquisa Genial/Quaest mostra que índice de otimismo sobre a economia despencou de 33% para 27% em três meses.

Uma pesquisa realizada pela Genial/Quaest, divulgada nesta quarta-feira, 11, revela um cenário preocupante em relação à percepção dos brasileiros sobre a economia. O índice dos que acreditam que a economia do país melhorou nos últimos 12 meses caiu de 33% em outubro para apenas 27% em dezembro. Ao mesmo tempo, a porcentagem de pessoas que afirmam que a situação econômica piorou diminuiu levemente, passando de 41% para 40%.

Além disso, 30% dos entrevistados consideram que a economia permaneceu inalterada no último ano, um aumento significativo em relação aos 22% registrados na pesquisa anterior. O número de pessoas que não souberam ou não quiseram responder caiu de 4% para 3%. Esses dados indicam uma crescente desconfiança em relação à recuperação econômica.

Por outro lado, a pesquisa também aponta que a expectativa de melhora para os próximos 12 meses aumentou, passando de 45% em outubro para 51% em dezembro. Contudo, essa aparente esperança contrasta com a realidade atual, onde 36% dos entrevistados acreditam que a economia vai piorar, uma queda significativa para 28% no mesmo período. Para 17%, a economia deverá permanecer a mesma, enquanto 3% não souberam ou não responderam.

Outro dado alarmante é que 61% dos entrevistados afirmam que sua situação financeira atual está abaixo do esperado, enquanto apenas 18% consideram que está acima do que imaginavam. Apenas 17% afirmam que sua situação financeira está de acordo com suas expectativas, e 4% não souberam ou não responderam.

- CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE -

O poder de compra dos brasileiros também foi avaliado. Comparado ao ano anterior, apenas 19% dos entrevistados acreditam que seu poder de compra aumentou, um leve crescimento em relação aos 18% anteriores. Em contrapartida, 68% afirmam que seu poder de compra diminuiu, um aumento alarmante em relação aos 61% que pensavam assim anteriormente. Apenas 12% consideram que seu poder de compra se manteve igual, uma queda significativa em relação aos 19% de outubro.

Em relação aos preços dos alimentos, a pesquisa revelou que 78% dos entrevistados notaram um aumento nos preços nos últimos meses, um aumento em relação aos 65% que relataram o mesmo anteriormente. Apenas 8% afirmaram que os preços caíram, uma queda significativa em relação aos 22% que pensavam assim anteriormente. Os que acreditam que os preços permaneceram os mesmos aumentaram de 11% para 13%.

As contas de água e luz também foram um ponto de preocupação. Para 65% dos entrevistados, os valores subiram nos últimos meses, um leve aumento em relação aos 64% de outubro. Somente 6% afirmaram que os valores caíram, uma queda significativa em relação aos 14% anteriores. Já 24% acreditam que as contas permaneceram iguais, um aumento em relação aos 20% da pesquisa anterior.

Por fim, 59% dos entrevistados afirmaram que os preços dos combustíveis aumentaram nos últimos meses, mantendo-se estáveis em relação ao levantamento anterior. Apenas 7% disseram que os preços caíram, uma queda em relação aos 17% que pensavam assim anteriormente. O número de pessoas que acreditam que os preços não mudaram aumentou de 14% para 20%.

A pesquisa foi realizada com 8.598 brasileiros de 16 anos ou mais entre os dias 4 e 9 de dezembro, com uma margem de erro de 1 ponto percentual e um nível de confiabilidade de 95%. Esses dados refletem um clima de incerteza e pessimismo que permeia a economia brasileira, evidenciando a necessidade de medidas efetivas para reverter essa tendência negativa.

Veja também:

Tópicos: