Criminosos utilizavam tecnologia para enganar jogadores e pedir doações para causas sociais, incluindo vítimas de enchentes.
12 de Dezembro de 2024 às 10h10

Polícia Civil realiza operação contra estelionatários que se passavam por Dorival Júnior

Criminosos utilizavam tecnologia para enganar jogadores e pedir doações para causas sociais, incluindo vítimas de enchentes.

A Polícia Civil do Rio de Janeiro deflagrou, nesta quinta-feira (12), a Operação Mascarado, com o objetivo de desmantelar um grupo de estelionatários que se passava por figuras proeminentes do futebol, como o técnico da seleção brasileira, Dorival Júnior, e outros ex-jogadores. A ação ocorre na cidade de Itaperuna, no Norte Fluminense, onde foram cumpridos três mandados de busca e apreensão.

De acordo com as investigações, os criminosos utilizavam tecnologia avançada para criar áudios que imitavam a voz de Dorival Júnior e de outros atletas, com o intuito de enganar jogadores e treinadores. Os golpistas solicitavam doações para projetos sociais e para ajudar vítimas das enchentes que afetaram a Região Sul do Brasil.

A quadrilha, que atua desde 2022, já se passou pelo ex-jogador Elias Mendes Trindades, utilizando sua imagem em perfis falsos no WhatsApp. A polícia revelou que os golpistas enviavam mensagens para jogadores, alegando que precisavam de ajuda para salvar uma criança com uma doença rara.

“Refinando o golpe, os criminosos passaram a enviar um áudio com a voz do técnico, visando ganhar a confiança das vítimas, para, em seguida, pedirem doações”, afirmou um representante da Polícia Civil. Essa estratégia tem se mostrado eficaz, levando a pelo menos dois casos confirmados de jogadores enganados neste ano.

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Os agentes da 19ª DP (Tijuca) e da 143ª DP (Itaperuna) estão analisando dispositivos eletrônicos apreendidos durante a operação, na esperança de elucidar todos os detalhes desse esquema criminoso. A polícia também identificou Lucas de Oliveira Eduardo como o suposto líder da quadrilha, que já possui um histórico de investigações por crimes semelhantes.

Lucas, natural de Minas Gerais, reside em Itaperuna e continua a operar seus golpes a partir da cidade. As investigações estão em andamento, e a polícia pede que qualquer pessoa que tenha sido vítima desse tipo de golpe se apresente para colaborar com as apurações.

As autoridades alertam para a importância de verificar a autenticidade de solicitações de doações, especialmente quando envolvem figuras públicas. A operação visa não apenas prender os responsáveis, mas também conscientizar a população sobre os riscos de fraudes eletrônicas.

Esta reportagem está em atualização, e novas informações devem surgir à medida que as investigações avançam.

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