Mercados reagem a dados de inflação e ações da Adobe despencam após previsões decepcionantes para 2025.
12 de Dezembro de 2024 às 22h21

Bolsas de Nova York encerram em queda após avanço da inflação ao produtor nos EUA

Mercados reagem a dados de inflação e ações da Adobe despencam após previsões decepcionantes para 2025.

As bolsas de valores de Nova York fecharam em queda nesta quinta-feira, 12, refletindo o impacto do maior avanço da inflação ao produtor (PPI, na sigla em inglês) nos Estados Unidos em quase dois anos. O aumento inesperado gerou preocupações sobre a possibilidade de estagnação na convergência da inflação em relação à meta estabelecida, embora a alta nos pedidos de seguro-desemprego tenha contribuído para que os investidores mantivessem a expectativa de que o Federal Reserve (Fed) possa reduzir a taxa básica de juros na próxima semana.

O dia foi marcado por um evento simbólico, com o acionamento do sino de abertura da sessão da Bolsa de Nova York pelo presidente eleito dos EUA, Donald Trump, que foi nomeado a pessoa do ano pela revista Time.

O índice Nasdaq Composite foi o mais afetado, liderando as perdas após ter ultrapassado a marca de 20.000 pontos pela primeira vez na véspera. O índice fechou em baixa de 0,66%, a 19.902,84 pontos. O Dow Jones caiu 0,53%, encerrando a 43.914,12 pontos, enquanto o S&P 500 registrou uma queda de 0,54%, fechando a 6.051,25 pontos.

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Entre os destaques negativos do dia, as ações da Adobe despencaram mais de 13,7% após a empresa, conhecida por seu software Photoshop, divulgar uma perspectiva financeira fraca para o novo ano fiscal. A Adobe projetou receitas fiscais para 2025 entre US$ 23,3 bilhões e US$ 23,6 bilhões, valores que ficaram abaixo das estimativas de US$ 23,8 bilhões.

Keith Weiss, analista do Morgan Stanley, comentou que a Adobe tem acelerado a inovação de produtos e explorado novas formas de monetização com o lançamento de ferramentas de inteligência artificial generativa, como Firefly, GenStudio e Acrobat AI Assistant. Contudo, ele observou que a administração da empresa enfrenta dificuldades em alinhar as expectativas dos investidores em relação à monetização dessas novas iniciativas, o que tem gerado frustração no mercado.

Além disso, a UnitedHealth continuou a sofrer perdas, com uma queda de 3,35%, em meio a uma onda de indignação contra empresas do setor de saúde, desencadeada pelas repercussões do assassinato de Brian Thompson, diretor executivo da UnitedHealthcare, ocorrido no dia 4 de dezembro.

As ações da CVS também apresentaram queda, recuando 4,19% após a introdução de uma proposta bipartidária no Congresso que visa regular os gestores de benefícios farmacêuticos (PBMs). O analista do Deutsche Bank, George Hill, alertou que essa proposta poderia reduzir pela metade os lucros operacionais da CVS, fazendo com que suas ações atingissem o menor nível desde o início de 2013.

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