A chuva de meteoros Geminídeas, que atinge seu pico entre 12 e 14 de dezembro, promete um espetáculo no céu, apesar da Lua cheia.
12 de Dezembro de 2024 às 21h57

Geminídeas: saiba como observar a última chuva de meteoros de 2024 neste sábado

A chuva de meteoros Geminídeas, que atinge seu pico entre 12 e 14 de dezembro, promete um espetáculo no céu, apesar da Lua cheia.

O ano de 2024 se despede com um dos eventos astronômicos mais esperados: a chuva de meteoros Geminídeas, que ocorre anualmente entre os dias 4 e 17 de dezembro. Este fenômeno atinge seu pico nas noites de 12 e 13 de dezembro, oferecendo aos observadores a oportunidade de testemunhar até 150 meteoros por hora, em condições ideais.

Embora a expectativa seja alta, a visibilidade da chuva poderá ser comprometida pela proximidade da Lua cheia, que estará com mais de 90% de iluminação durante esses dias. Mesmo assim, o espetáculo ainda poderá ser apreciado, especialmente em regiões com céu limpo, conforme explica o astrônomo Marcelo de Cicco, coordenador do Projeto Exoss, que atua em parceria com o Observatório Nacional.

As Geminídeas se destacam não apenas pela quantidade de meteoros visíveis, mas também pela sua intensidade e cores vibrantes. Este fenômeno é originado na constelação de Gêmeos, onde se localiza o radiante, o ponto do céu de onde os meteoros parecem surgir. A chuva é famosa por sua luminosidade e pela presença de bólidos, que são meteoros mais brilhantes e duradouros.

Uma das características que tornam as Geminídeas únicas é que elas podem ser observadas antes da meia-noite, com o radiante começando a se posicionar a partir das 22h. No entanto, para os observadores no Hemisfério Sul, o melhor momento para apreciar o espetáculo será nas primeiras horas da madrugada, quando a atividade atinge seu ápice.

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Ao contrário de outras chuvas de meteoros, que geralmente têm como fonte cometas, as Geminídeas têm como “objeto parental” o asteroide 3200 Phaethon. Este corpo celeste, ao se aproximar do Sol, libera grãos e partículas que, ao longo dos anos, entram na atmosfera da Terra, criando os traços luminosos que podemos ver durante o fenômeno.

Pesquisas recentes indicam que a atividade das Geminídeas tem aumentado a cada ano, com a expectativa de atingir seu pico por volta de 2050. Para observar esse espetáculo, os astrônomos recomendam procurar locais com pouca poluição luminosa e observar o céu distante da Lua. Mesmo com a luz lunar, meteoros mais brilhantes e bólidos podem ser visíveis, especialmente nas primeiras horas da madrugada.

Não é necessário o uso de telescópios ou binóculos para apreciar as Geminídeas. O ideal é deitar-se confortavelmente em uma cadeira de praia e aguardar pacientemente a aparição dos meteoros. É importante permitir que os olhos se adaptem à escuridão, um processo que leva cerca de 20 minutos.

As chuvas de meteoros são fenômenos atmosféricos que ocorrem quando meteoróides, fragmentos de cometas ou asteroides, entram na atmosfera da Terra a uma velocidade extremamente alta, causando uma combustão que resulta em um “rastro” luminoso visível. Quando a Terra atravessa áreas com uma grande quantidade desses fragmentos, ocorre uma chuva de meteoros.

Esses meteoróides variam em tamanho, desde pequenas partículas de poeira até pedregulhos, e geralmente queimam rapidamente na atmosfera, sem atingir o solo. O estudo das chuvas de meteoros é importante para entender a quantidade e os períodos de maior penetração de detritos no planeta, ajudando a proteger satélites e naves espaciais. Além disso, as chuvas de meteoros fornecem dados valiosos sobre a formação do Sistema Solar, já que as propriedades dos meteoros podem revelar informações sobre os cometas que os originaram.

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