Criança foi resgatada com sinais de maus-tratos e desidratação; mãe foi liberada após audiência de custódia.
13 de Dezembro de 2024 às 18h14

Mulher é presa ao tentar vender filho de 1 ano por R$ 1,2 mil em Praia Grande, SP

Criança foi resgatada com sinais de maus-tratos e desidratação; mãe foi liberada após audiência de custódia.

Uma mulher de 38 anos foi presa na orla de Praia Grande, litoral de São Paulo, após tentar vender seu filho de apenas um ano por R$ 1.200. O incidente, que ocorreu no dia 18 de novembro, gerou grande comoção entre os banhistas e chamou a atenção das autoridades locais.

Testemunhas relataram que a mulher estava com a criança em condições alarmantes, apresentando sinais evidentes de maus-tratos, desidratação e insolações. A Polícia Militar (PM) foi acionada e, ao chegar ao local, encontrou a mãe em estado visivelmente alterado, supostamente sob efeito de substâncias entorpecentes.

A advogada Glauce Abdalla, presidente da Comissão dos Direitos da Criança e do Adolescente da OAB de Araras (SP), foi uma das testemunhas que presenciou a cena. Ela descreveu o momento em que a mulher ofereceu o filho para venda: “Ela estava pedindo dinheiro e, quando as pessoas se recusaram a dar, disse: ‘Olha, estou vendendo’”, relatou Glauce, que estava na praia com familiares.

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Os policiais encontraram a criança suja e sozinha na areia, enquanto a mãe tentava recolher latas de alumínio. Ao perceber a chegada da equipe, a mulher agiu de forma agressiva, ofendendo os agentes e resistindo à abordagem. O soldado Raphael Freitas, que atendeu a ocorrência, afirmou que a mulher chegou a agredi-lo durante a ação.

Após a intervenção, a criança foi levada para o Pronto-Socorro Central, onde os médicos ficaram chocados com seu estado. O menino recebeu os primeiros cuidados, incluindo alimentação e um banho, antes de ser encaminhado para um abrigo sob a supervisão do Conselho Tutelar.

A mãe foi levada à Central de Polícia Judiciária (CPJ) da cidade, onde o caso foi registrado como maus-tratos e resistência. Em audiência de custódia realizada em 19 de novembro, a prisão da mulher foi substituída por medidas protetivas, que incluem a proibição de qualquer contato com o filho, devendo manter uma distância mínima de 300 metros.

O caso levanta questões sobre a proteção à infância e a necessidade de políticas públicas mais eficazes para prevenir situações de abandono e violência contra crianças. A Prefeitura de Praia Grande ainda não se manifestou oficialmente sobre o ocorrido.

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