Duas mortes e 12 desaparecidos após desabamento de ponte entre Tocantins e Maranhão
A tragédia ocorreu no domingo, com buscas interrompidas por risco de contaminação. Autoridades avaliam a situação.
No último domingo, 22 de dezembro, a queda da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que liga os estados do Tocantins e Maranhão, resultou em duas mortes e deixou 12 pessoas desaparecidas. As informações foram confirmadas pela Defesa Civil de Estreito (MA) e pela Polícia Rodoviária Federal (PRF).
As vítimas fatais foram identificadas como Alana, uma jovem de 25 anos, e Marçom Gley Ferreira, um homem de 42 anos, ambos que estavam em motocicletas no momento do acidente. Entre os desaparecidos, encontram-se duas crianças, duas mulheres e quatro homens, que estavam entre os oito veículos que caíram no rio Tocantins durante o colapso da estrutura.
As operações de busca foram suspensas temporariamente devido ao derramamento de ácido sulfúrico de um dos caminhões que despencaram. O coronel Magnum Coelho, dos bombeiros, destacou que amostras de água estão sendo coletadas para análise química, a fim de determinar a presença de materiais tóxicos na região.
“Precisamos saber a qualidade da água para que possamos colocar as nossas equipes de mergulhadores, que já estão aqui. Temos mergulhadores, equipamentos e embarcações prontos para realizar as buscas”, afirmou o coronel. As autoridades estão avaliando a melhor forma de retomar as buscas assim que a situação for considerada segura.
Imagens feitas por testemunhas mostram o momento em que a ponte cedeu, um evento que já vinha sendo alertado por moradores da região devido às más condições da estrutura, que foi construída na década de 1960 e possui 533 metros de extensão. Um vereador de Aguiarnópolis (TO) estava filmando rachaduras na ponte quando a tragédia ocorreu.
O governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa, anunciou que será decretado estado de emergência para a reparação da ponte. O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) informou que a causa do desabamento será investigada, e toda a estrutura foi interditada.
As autoridades recomendam que motoristas utilizem rotas alternativas, já que a ponte é parte do corredor rodoviário Belém-Brasília e uma importante ligação entre as cidades de Estreito e Aguiarnópolis.
O acidente gerou uma onda de indignação entre os moradores, que já haviam expressado preocupações sobre a segurança da ponte. Um vídeo divulgado na internet no dia anterior ao colapso mostra um morador alertando sobre os riscos da estrutura, questionando: “Já pensou se essa ponte cai? Já pensou o estrago que faz?”
O DNIT também orientou que os usuários do trecho acessem rotas alternativas, como a estrada que vai de Darcinópolis a Luzinópolis, seguindo até a BR-230 e depois até o km 101 em São Bento do Tocantins, ou a BR-226 em Estreito até Porto Franco, e, de lá, a BR-010 até Imperatriz no Maranhão.
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