MPF investiga danos ambientais após queda de ponte no Rio Tocantins
Após o desabamento da Ponte Juscelino Kubitschek, o MPF apura os impactos de substâncias perigosas no ecossistema local.
O Ministério Público Federal (MPF) do Pará instaurou um inquérito civil para investigar os possíveis danos ambientais e à saúde pública decorrentes do desabamento parcial da Ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que conecta os municípios de Estreito, no Maranhão, e Aguiarnópolis, em Tocantins. O incidente, que ocorreu no último domingo (22), resultou na queda de vários veículos, incluindo caminhões carregados com ácido sulfúrico e agrotóxicos, no leito do Rio Tocantins.
Um dia após o acidente, a prefeitura de Marabá, localizada no sudeste do Pará, emitiu um alerta à população, recomendando que “todos os moradores e comunidades situados à margem do rio Tocantins evitem qualquer contato com a água do rio”. Essa orientação é uma medida preventiva diante dos riscos associados ao derramamento de substâncias químicas perigosas.
O MPF destacou que o contato com o ácido sulfúrico e outros produtos químicos pode ocasionar sérios problemas de saúde, incluindo queimaduras, intoxicações, danos aos olhos e complicações respiratórias. Além disso, a contaminação das águas do rio representa uma ameaça significativa ao meio ambiente, colocando em risco o ecossistema local e as comunidades que dependem do rio para sua subsistência.
Em resposta à situação, o MPF solicitou com urgência que as autoridades locais informem sobre a qualidade da água do Rio Tocantins e realizem estudos técnicos mais aprofundados para avaliar os impactos a curto, médio e longo prazo na biodiversidade e na utilização da água pela população. O órgão também comunicou instituições como o Instituto Evandro Chagas, o Museu Emílio Goeldi e a Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa) para que se manifestem sobre a viabilidade de realizar estudos sobre os efeitos do derramamento químico no rio.
A Ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que faz parte da rodovia BR-226, é uma estrutura de 533 metros de extensão e possui um papel crucial na conexão entre os estados do Maranhão e Tocantins. O desabamento ocorreu no vão central da ponte, o que levanta preocupações sobre a segurança da infraestrutura e a necessidade de intervenções imediatas para evitar novos acidentes.
As investigações do MPF visam não apenas entender a extensão dos danos causados pelo acidente, mas também garantir que medidas adequadas sejam tomadas para proteger a saúde da população e a integridade ambiental da região. A situação continua em desenvolvimento, e as autoridades estão atentas às repercussões do incidente.
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