O aumento no estoque da dívida foi impulsionado por correção de juros e emissões líquidas.
26 de Dezembro de 2024 às 15h27

Dívida Pública Federal atinge R$ 7,2 trilhões em novembro, alta de 1,85%

O aumento no estoque da dívida foi impulsionado por correção de juros e emissões líquidas.

A Dívida Pública Federal (DPF) encerrou o mês de novembro em R$ 7,2 trilhões, conforme o Relatório Mensal da Dívida divulgado pelo Tesouro Nacional. O resultado representa uma alta de 1,85% em relação ao mês anterior, quando o estoque era de R$ 7,07 trilhões.

O crescimento da dívida foi influenciado por uma correção de juros que totalizou R$ 74,79 bilhões no mês, além de uma emissão líquida de R$ 56,38 bilhões. Esses fatores contribuíram para a elevação do montante, que inclui tanto a dívida interna quanto a externa.

A DPF é composta principalmente por títulos do Tesouro Nacional e não considera as dívidas de estados, municípios e estatais, além de títulos do Banco Central. A dívida interna, que representa a maior parte do total, subiu 1,71% em novembro, alcançando R$ 6,863 trilhões, enquanto a dívida externa teve um aumento de 4,78%, somando R$ 340,76 bilhões.

O Tesouro Nacional também informou que a reserva de liquidez, um colchão financeiro para honrar compromissos com investidores, subiu 4,09% em novembro, totalizando R$ 856,10 bilhões. Esse montante é considerado suficiente para cobrir 7,25 meses de pagamentos de títulos, o que representa um aumento em relação aos 6,86 meses de cobertura registrados em outubro.

- CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE -

As projeções do Tesouro Nacional indicam que a dívida bruta do governo deve atingir 81,8% do Produto Interno Bruto (PIB) até 2027, com uma expectativa de queda para 75,6% até 2034. Para o ano atual, a previsão é que a dívida termine em 77,7% do PIB, abaixo do resultado de 78,6% até outubro.

Com o resultado de novembro, a Dívida Pública Federal permanece dentro dos limites estabelecidos pelo Plano Anual de Financiamento (PAF), que prevê uma variação entre R$ 7 trilhões e R$ 7,4 trilhões para o próximo ano. Este cenário é monitorado de perto por analistas e economistas, que avaliam os impactos da dívida sobre a economia nacional.

O aumento da dívida pública é um tema recorrente nas discussões sobre a saúde fiscal do país, especialmente em um contexto de recuperação econômica e desafios fiscais. A gestão eficiente da dívida é fundamental para garantir a estabilidade financeira e a confiança dos investidores.

O Tesouro Nacional continua a acompanhar de perto a evolução da dívida pública, buscando estratégias que assegurem a sustentabilidade fiscal e a confiança do mercado. O monitoramento constante é essencial para evitar surpresas que possam impactar a economia e a capacidade do governo de honrar seus compromissos financeiros.

Veja também:

Tópicos: