Naufrágio de barco de migrantes no Marrocos deixa cerca de 70 desaparecidos
Tragédia ocorreu em 19 de dezembro; governo do Mali confirma 25 malineses entre os desaparecidos e 11 sobreviventes.
Um naufrágio de uma embarcação de migrantes nas águas do Marrocos resultou em cerca de 70 desaparecidos, incluindo 25 cidadãos do Mali. O incidente ocorreu no dia 19 de dezembro e foi confirmado pelo governo maliano na noite de quinta-feira (26).
De acordo com as informações divulgadas, a embarcação, que se dirigia à Espanha, transportava aproximadamente 80 pessoas. O governo do Mali lamentou a tragédia, ressaltando que “25 jovens malineses foram identificados entre as vítimas”.
Até o momento, 11 pessoas foram resgatadas, das quais “nove são malinesas”, conforme informou o comunicado oficial. Para chegar a esses números, o ministério responsável cruzou dados de diversas fontes, incluindo embaixadas do Mali na Mauritânia e em Marrocos, familiares das vítimas e representantes das localidades de origem.
A ONG Caminando Fronteras, que monitora a situação dos migrantes, revelou que mais de 10.400 pessoas morreram ou desapareceram no mar ao tentarem chegar à Espanha em 2024. Este ano tem sido marcado por um fluxo migratório recorde, especialmente nas Ilhas Canárias, onde as condições de segurança são frequentemente desafiadoras.
O relatório da organização aponta que a média de mortes no mar chega a 30 por dia, entre janeiro e 15 de dezembro deste ano. Além disso, a ONG alertou as autoridades marítimas sobre a presença de embarcações em perigo, enfatizando a necessidade de ações mais efetivas para proteger os migrantes.
O Mali enfrenta uma grave crise de segurança, agravada por insurreições separatistas e jihadistas desde 2012. Essa situação tem levado muitos cidadãos a buscar refúgio e melhores condições de vida em outros países, aumentando o número de migrantes que arriscam suas vidas em travessias perigosas pelo mar.
A tragédia do naufrágio no Marrocos é um triste lembrete das dificuldades enfrentadas por milhões de migrantes ao redor do mundo, que muitas vezes se veem forçados a deixar suas terras natais em busca de segurança e oportunidades.
As autoridades continuam a investigar o caso e a prestar assistência aos sobreviventes e às famílias das vítimas, enquanto o governo do Mali se compromete a acompanhar a situação de perto.
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