Yoon Suk Yeol, afastado, enfrenta ordem de prisão após desrespeitar convocação judicial
01 de Janeiro de 2025 às 11h13

Investigadores da Coreia do Sul preveem prisão do presidente até segunda-feira

Yoon Suk Yeol, afastado, enfrenta ordem de prisão após desrespeitar convocação judicial

A equipe responsável pela investigação da declaração de lei marcial na Coreia do Sul anunciou, nesta quarta-feira (1º), que a ordem de prisão contra o presidente afastado, Yoon Suk Yeol, será cumprida até segunda-feira, dia 6 de janeiro. O aviso foi dado em meio a um contexto de crescente tensão política no país.

Um tribunal sul-coreano autorizou a emissão do mandado de prisão após Yoon ignorar três convocações para depor relacionadas a um caso de insurreição, que investiga sua decisão de decretar a lei marcial em dezembro. A ação judicial reflete a gravidade das acusações que pesam sobre o ex-líder conservador.

Oh Dong-woon, chefe do Departamento de Investigação de Corrupção, afirmou que a ordem será executada “dentro do prazo” estipulado. “Queremos um processo calmo, sem grandes perturbações, mas também estamos nos coordenando para mobilizar a polícia e o pessoal”, declarou ele durante uma coletiva de imprensa.

Até o momento, os serviços de segurança de Yoon não colaboraram com os investigadores, dificultando a realização de buscas nas dependências do ex-presidente. Essa falta de cooperação tem gerado críticas e levantado preocupações sobre a transparência da investigação.

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A defesa de Yoon Suk Yeol, por sua vez, classificou a ordem de prisão como “ilegal e inválida”, e já entrou com um recurso judicial para contestar a decisão. Os advogados argumentam que a declaração de lei marcial não constitui insurreição, e que o presidente agiu dentro de suas prerrogativas constitucionais.

O advogado de Yoon, que não foi identificado, defendeu que “a declaração de lei marcial é um poder concedido ao presidente sob a Constituição. O presidente exerceu essa autoridade legitimamente como parte de seu dever de proteger a ordem constitucional da nação”.

Yoon Suk Yeol foi afastado do cargo após o parlamento aprovar um pedido de impeachment, que foi motivado pela imposição da lei marcial em 3 de dezembro. A medida gerou um impacto significativo na política sul-coreana, provocando reações adversas tanto no cenário interno quanto nas relações internacionais.

A situação atual é delicada, pois a declaração de lei marcial e suas consequências rápidas chocaram a população e os mercados financeiros, afetando a imagem do país perante aliados estratégicos, como Estados Unidos e Europa, que viam Yoon como um parceiro firme em questões de segurança regional.

Com a expectativa de que a ordem de prisão seja cumprida até o prazo estabelecido, o desenrolar dos acontecimentos nos próximos dias será crucial para determinar os próximos passos da política sul-coreana e o futuro de Yoon Suk Yeol.

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