Kim E-bae, presidente da Jeju Air, enfrenta restrições após desastre que resultou em 179 mortes, segundo autoridades locais.
02 de Janeiro de 2025 às 07h20

Presidente da Jeju Air é impedido de deixar a Coreia do Sul após trágico acidente aéreo

Kim E-bae, presidente da Jeju Air, enfrenta restrições após desastre que resultou em 179 mortes, segundo autoridades locais.

O presidente da companhia aérea sul-coreana Jeju Air, Kim E-bae, foi proibido de deixar o país após um acidente aéreo trágico que resultou na morte de 179 pessoas. A informação foi confirmada pela polícia nesta quinta-feira, que impôs a restrição a dois indivíduos, incluindo o executivo da companhia.

O acidente ocorreu no último domingo, quando um Boeing 737-800 da Jeju Air, que realizava o voo JJA-2216, colidiu com um muro de concreto ao tentar pousar no aeroporto de Muan, na província de Jeolla do Sul. A aeronave, que partiu de Bangkok, na Tailândia, transportava 175 passageiros e seis membros da tripulação. Apenas duas pessoas sobreviveram ao desastre, tornando este o acidente aéreo mais mortal da história da Coreia do Sul.

A polícia local informou que a proibição de viagem foi uma medida preventiva enquanto as investigações sobre as causas do acidente estão em andamento. “A equipe de investigação impôs a proibição de viajar a dois indivíduos, incluindo o presidente da Jeju Air”, declarou um porta-voz da polícia.

De acordo com relatos, o piloto do voo declarou emergência e emitiu avisos de “mayday” após a aeronave ter sido alertada sobre a possibilidade de colisão com pássaros. O acidente ocorreu às 9h03, horário local, e imagens do momento mostram o impacto da aeronave contra a barreira e o início do incêndio.

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As autoridades sul-coreanas estão realizando uma investigação detalhada sobre o acidente, que inclui a análise das caixas-pretas do avião, que foram recuperadas. O Conselho Nacional de Segurança nos Transportes dos Estados Unidos (NTSB) também participará das investigações, dado que o modelo da aeronave foi projetado e fabricado nos EUA.

O novo presidente interino da Coreia do Sul, Choi Sang-mok, enfatizou que a prioridade é recuperar os corpos das vítimas e identificá-los para que possam ser devolvidos às famílias. “Estamos fazendo tudo o que é possível para garantir que as famílias recebam o apoio necessário neste momento difícil”, afirmou Choi.

Além das investigações sobre as causas do acidente, as autoridades sul-coreanas iniciaram uma inspeção especial em todos os aviões Boeing 737-800 operados por companhias aéreas no país. A medida visa garantir a segurança das operações aéreas após o trágico evento.

O acidente gerou uma onda de luto e comoção em todo o país, que é conhecido por seus altos padrões de segurança na aviação. A Jeju Air, uma companhia aérea de baixo custo, emitiu um pedido de desculpas e se comprometeu a cooperar plenamente com as investigações.

As circunstâncias que levaram ao acidente ainda estão sendo analisadas, e as autoridades estão focadas em determinar se a colisão com pássaros foi a única causa ou se outros fatores contribuíram para a tragédia. A comunidade internacional aguarda ansiosamente os resultados das investigações, que podem levar meses para serem concluídas.

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