Adolescente provoca pânico em voo da EasyJet e faz pouso de emergência na Itália
Jovem de 16 anos tentou abrir a porta de saída e ameaçou a tripulação com uma faca durante o voo.
Um voo da companhia aérea britânica EasyJet enfrentou momentos de tensão no último final de semana, quando uma adolescente de 16 anos teve um surto emocional e tentou abrir uma das portas de emergência da aeronave durante o trajeto. O incidente ocorreu enquanto o avião estava a milhares de pés de altitude, levando a tripulação a tomar a decisão de pousar de emergência em Bari, na Itália.
A jovem, que estava acompanhada de sua mãe e avó, teria se alterado após uma menina de 10 anos, sentada ao seu lado, ter uma crise de tosse. Segundo relatos de passageiros, a situação começou a se agravar quando a adolescente seguiu a menina ao banheiro, onde um confronto verbal se iniciou.
“A menininha foi ao banheiro, mas a menina mais velha a seguiu”, contou Nadine, uma passageira de 39 anos. “A menina continuava gritando ‘sai da minha frente’, mas não deixava a outra sair”, completou. A tensão aumentou quando a mãe da menina mais nova tentou intervir, o que fez com que a adolescente perdesse o controle.
De acordo com Nadine, a jovem começou a gritar xingamentos e correu para a parte de trás do avião. Em um momento de desespero, ela tentou abrir a porta de saída, quebrando a maçaneta no processo. A tripulação, então, interveio para contê-la, mas a situação se intensificou quando a adolescente ameaçou esfaquear um membro da equipe com uma faca que havia encontrado a bordo.
Após o tumulto, a jovem conseguiu correr em direção ao cockpit, colidindo com uma passageira que saía do banheiro. O impacto fez com que a porta do cockpit se abrisse, aumentando ainda mais a preocupação entre os passageiros. “Em um momento, ela tirou os sapatos e os jogou nos passageiros. Todo mundo estava tão nervoso”, lembrou Nadine.
Após conseguir acalmar a adolescente e colocá-la de volta em seu assento, os pilotos decidiram que o pouso era a melhor opção para garantir a segurança de todos a bordo. O voo, que tinha como destino Gatwick, no Reino Unido, foi redirecionado para Bari, onde a jovem foi retirada pela polícia.
Os demais passageiros, por sua vez, foram levados a um hotel que foi descrito como “imundo” e cheio de “mofo”. Nadine expressou seu descontentamento com as condições do local: “Quando chegamos ao hotel em Bari, ficamos horrorizados. O banheiro tinha mofo no chão, a porta não trancava e havia um bebê chorando no quarto ao lado. Na manhã seguinte, vi o hotel com a luz do dia — que lugar horrível! Havia janelas quebradas e lixo empilhado.”
A experiência traumática fez com que Nadine reconsiderasse suas futuras viagens. Ela afirmou que a companhia aérea não demonstrou preocupação com os passageiros e não ofereceu compensação financeira pela situação. “Eu não acho que vou viajar para as férias por pelo menos um ano depois disso, pois fiquei muito assustada”, disse.
A EasyJet, em comunicado, afirmou que a segurança e o bem-estar dos passageiros e da tripulação são sempre a prioridade da companhia. Embora o incidente tenha sido fora de seu controle, a empresa lamentou o inconveniente e informou que reembolsará quaisquer despesas incorridas pelos passageiros.
“Fizemos tudo o que pudemos para minimizar o impacto do desvio, fornecendo acomodações em hotel e refeições”, acrescentou a companhia. O incidente gerou uma onda de preocupação e debate sobre a segurança em voos comerciais, especialmente em situações de emergência envolvendo passageiros.
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