FBI confirma que ataque em Nova Orleans foi ato de terrorismo isolado e premeditado
Shamsud-Din Jabbar, autor do atentado que deixou 15 mortos, agiu sozinho e estava inspirado pelo Estado Islâmico.
O FBI anunciou nesta quinta-feira (2) que o atentado ocorrido na Bourbon Street, em Nova Orleans, na madrugada de 1º de janeiro, foi um ato de terrorismo premeditado, perpetrado por Shamsud-Din Bahar Jabbar, de 42 anos, que agiu sozinho. O ataque, que resultou na morte de 15 pessoas e deixou mais de 30 feridos, aconteceu durante as celebrações de Ano Novo.
Durante uma coletiva de imprensa, o agente antiterrorismo do FBI, Christopher Raia, destacou que a investigação não encontrou evidências de que Jabbar tivesse recebido ajuda de outras pessoas. “Estamos confiantes, neste momento, de que não há cúmplices”, afirmou Raia, enfatizando a natureza isolada do ataque.
“Deixe-me ser muito claro sobre este ponto: isto foi um ato de terrorismo. Foi premeditado e um ato maligno”, declarou o agente.
As investigações revelaram que Jabbar, um ex-militar, estava “100% inspirado pelo Estado Islâmico”. Em sua posse, as autoridades encontraram uma bandeira do grupo extremista, além de explosivos improvisados e armamentos, incluindo uma pistola e uma variante do fuzil AR-15.
O ataque ocorreu por volta das 3h15 da manhã, horário local, quando Jabbar furou um bloqueio e avançou com sua caminhonete em alta velocidade contra a multidão que celebrava a virada do ano. Após o atropelamento, ele desceu do veículo e começou a disparar contra os presentes, resultando em uma troca de tiros com a polícia, que deixou dois oficiais feridos, mas em condição estável.
A superintendente da polícia de Nova Orleans, Anne Kirkpatrick, descreveu o comportamento do autor como “intencional e deliberado”, afirmando que ele estava determinado a causar o máximo de danos possível. “Ele estava tentando atropelar o máximo de pessoas que conseguiu”, disse Kirkpatrick.
Os feridos foram levados para cinco hospitais da cidade, e o número de vítimas pode aumentar à medida que as autoridades continuam a investigar a gravidade dos ferimentos. A polícia pediu que a população evitasse a área do crime, que foi isolada para facilitar as investigações.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, foi informado sobre o ataque e entrou em contato com a prefeita de Nova Orleans, LaToya Cantrell, oferecendo apoio à cidade. Em um comunicado, Biden condenou a violência e reafirmou que não haverá tolerância para ataques a comunidades americanas.
O governador da Louisiana, Jeff Landry, também se manifestou, chamando o incidente de “um ato horrível de violência” e pedindo orações pelas vítimas e pelos socorristas que atuaram no local.
Além disso, as investigações do FBI estão em andamento para determinar a motivação do ataque. Embora não haja um vínculo conclusivo entre o atentado em Nova Orleans e a explosão de um Tesla em Las Vegas, que ocorreu no mesmo dia, as autoridades continuam a analisar todas as possibilidades.
O ataque em Nova Orleans ocorre em um momento crítico para a cidade, que se prepara para as festividades do Mardi Gras e para o Super Bowl, programado para 9 de fevereiro. A segurança na região foi reforçada, com cerca de 300 policiais presentes para garantir a segurança dos eventos.
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