Kauan Galdino Florêncio Pereira, jovem atleta, teve morte cerebral confirmada após ser atingido em baile funk em Queimados.
03 de Janeiro de 2025 às 15h50

Jogador de 18 anos é baleado na cabeça após pisar no pé de traficante no RJ

Kauan Galdino Florêncio Pereira, jovem atleta, teve morte cerebral confirmada após ser atingido em baile funk em Queimados.

Kauan Galdino Florêncio Pereira, um jovem de apenas 18 anos e jogador de futebol amador, teve a morte cerebral confirmada após ser baleado na cabeça durante um baile funk em Queimados, na Baixada Fluminense, na madrugada do dia 1º de janeiro. Segundo informações da família, o incidente ocorreu após um desentendimento com um traficante local, identificado pelo apelido de ‘De Ferro’.

De acordo com relatos, Kauan teria acidentalmente pisado no pé do traficante, o que gerou uma reação violenta. Testemunhas afirmam que o criminoso exigiu que o jovem pedisse desculpas, mas, nervoso, Kauan não atendeu ao pedido, resultando em um disparo à queima-roupa.

O jovem foi inicialmente socorrido e levado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Queimados, mas devido à gravidade dos ferimentos, foi transferido para o Hospital Geral de Nova Iguaçu. A confirmação da morte cerebral foi feita na noite de quinta-feira, 2 de janeiro, e a família foi informada na manhã seguinte.

Renato Pereira, pai de Kauan, expressou sua indignação em entrevista à TV Globo, questionando: “Um pisão no pé é motivo para atirarem em um garoto sonhador?”. Ele relatou que o filho havia passado a virada do ano com a família e decidiu ir ao baile funk por volta das 3h da manhã, apesar de seus apelos para que não fosse.

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“Ele estava tão feliz, porque havia recebido uma mensagem do Exército dizendo que seria convocado para servir na Brigada de Infantaria Paraquedista, um dos seus maiores sonhos”, contou Renato, emocionado. O pai ainda lamentou a perda de um filho que, segundo ele, era “um menino estudioso e tranquilo”.

A Polícia Civil do Rio de Janeiro já iniciou as investigações para apurar a autoria do crime. Informações preliminares indicam que o traficante que atirou em Kauan pode ter sido morto por uma facção criminosa em retaliação ao incidente, mas essa informação ainda está sendo verificada.

O caso gerou comoção nas redes sociais, onde amigos e familiares de Kauan fizeram apelos por doações de sangue, ressaltando a paixão do jovem pelo futebol e seu sonho de se tornar um jogador profissional. Ele atuava como goleiro em partidas amadoras e era conhecido por sua dedicação ao esporte.

As investigações seguem em andamento na 55ª Delegacia de Polícia (Queimados), onde os agentes buscam esclarecer todos os detalhes do crime e identificar os responsáveis.

O caso de Kauan é mais um exemplo da violência que permeia as comunidades do Rio de Janeiro, onde desentendimentos aparentemente triviais podem resultar em tragédias irreparáveis. A situação evidencia a necessidade urgente de medidas eficazes para combater a criminalidade e proteger os jovens que, como Kauan, buscam apenas viver seus sonhos.

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