O crime ocorreu na manhã deste domingo (5), quando a vítima foi atingida por dez disparos na Avenida Raja Gabaglia.
05 de Janeiro de 2025 às 11h53

Mulher trans é assassinada a tiros em avenida movimentada de Belo Horizonte

O crime ocorreu na manhã deste domingo (5), quando a vítima foi atingida por dez disparos na Avenida Raja Gabaglia.

Uma mulher trans de 32 anos foi assassinada a tiros na Avenida Raja Gabaglia, uma das principais vias de Belo Horizonte, na manhã deste domingo (5). O crime ocorreu na altura do bairro Vila Santa Maria, na Região Centro-Sul da capital mineira.

De acordo com informações da Polícia Militar (PM), a vítima foi atingida por cerca de dez disparos, a maioria na região da cabeça. O local do crime foi rapidamente isolado, e a pista no sentido BH Shopping foi totalmente interditada para a realização dos trabalhos periciais.

Testemunhas relataram que a mulher estava em um bar antes de ser morta. Informações preliminares indicam que ela teria se desentendido com uma pessoa no estabelecimento e, ao retornar para casa, foi atacada. A PM ainda investiga as circunstâncias que levaram ao crime.

A mulher, que residia no Morro do Papagaio, já tinha passagens pelo sistema prisional, incluindo registros por agressão, tráfico de drogas, desacato e lesão corporal. Essa informação levanta questões sobre a segurança e a proteção de pessoas em situação de vulnerabilidade social, especialmente a comunidade LGBTQIA+.

O crime chocou a comunidade local e gerou uma onda de indignação nas redes sociais, onde ativistas e cidadãos pedem justiça e mais segurança para a população trans. A violência contra pessoas trans é uma questão alarmante no Brasil, que frequentemente registra casos de assassinatos e agressões.

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A Polícia Militar informou que as investigações estão em andamento e que busca identificar os responsáveis pelo crime. O quarteirão onde ocorreu o assassinato foi fechado para a coleta de evidências, e o trânsito na região foi desviado para garantir a segurança dos envolvidos na apuração.

O caso será investigado pela Delegacia de Homicídios, que já iniciou as diligências para esclarecer os fatos. A expectativa é que, em breve, novas informações sejam divulgadas à população.

Além das investigações, a sociedade civil e organizações de direitos humanos estão atentas ao caso, exigindo que as autoridades tomem medidas efetivas para prevenir a violência contra a população LGBTQIA+ e garantir a proteção de seus direitos.

O assassinato de mulheres trans, como o ocorrido em Belo Horizonte, destaca a necessidade urgente de políticas públicas que promovam a inclusão e a segurança dessa população, que historicamente enfrenta discriminação e violência.

As autoridades locais estão sob pressão para que o caso não caia no esquecimento e que os responsáveis sejam punidos. A luta por justiça e igualdade continua, enquanto a comunidade aguarda respostas sobre o trágico evento que abalou a cidade.

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