Congresso dos EUA se reunirá para certificar eleição de Trump após tumulto no Capitólio
O Congresso dos Estados Unidos se reunirá para certificar a eleição de Trump, quatro anos após a invasão do Capitólio por seus apoiadores.
O Congresso dos Estados Unidos se reunirá nesta segunda-feira para certificar formalmente a eleição do republicano Donald Trump como presidente, exatamente quatro anos após a invasão do Capitólio por uma multidão de seus apoiadores. O evento de 6 de janeiro de 2021 foi uma tentativa fracassada de bloquear a certificação da derrota de Trump nas eleições de 2020.
Trump, que continua a alegar que sua derrota foi resultado de fraude generalizada, expressou preocupações semelhantes durante toda a campanha de 2024, até vencer a vice-presidente democrata Kamala Harris em 5 de novembro do ano passado.
Resultados não oficiais indicam que Trump obteve 312 votos no Colégio Eleitoral, enquanto Kamala Harris recebeu 226. O Partido Republicano também conquistou a maioria no Senado e manteve uma estreita maioria na Câmara dos Deputados, o que proporcionará a Trump a margem necessária para implementar sua agenda de cortes de impostos e repressão à imigração ilegal a partir de sua posse em 20 de janeiro.
Além disso, Trump anunciou planos de perdoar algumas das mais de 1.500 pessoas acusadas de participar do ataque ao Capitólio. Naquele dia, os manifestantes confrontaram a polícia, quebrando janelas e portas, e gritando “Enforquem Mike Pence”, em referência ao então vice-presidente, na tentativa de impedir a certificação da vitória do presidente democrata Joe Biden.
A invasão do Capitólio resultou em agressões a cerca de 140 policiais e causou danos estimados em mais de 2,8 milhões de dólares. Tragicamente, vários policiais que enfrentaram os manifestantes faleceram nas semanas seguintes, com alguns casos de suicídio.
Em resposta à violência daquele dia, o Congresso aprovou, no final de 2022, uma legislação que reforça as proteções para garantir que o processo de certificação seja conduzido de forma legal e segura.
As mudanças na legislação foram, em grande parte, uma resposta às ações de Trump que antecederam o tumulto de 6 de janeiro. Por exemplo, a nova lei estabelece que o papel do vice-presidente é predominantemente cerimonial.
Agora, quaisquer objeções aos resultados de um Estado devem ser apresentadas por pelo menos um quinto dos membros da Câmara e do Senado antes de se iniciar um debate sobre essas objeções. A Câmara dos Deputados conta com 435 membros e o Senado com 100.
Anteriormente, apenas um membro de cada câmara era necessário para contestar a certificação de um Estado, o que facilitava a obstrução do processo.
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