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Polícia Civil solicita prisão de PM por morte de estudante de medicina em São Paulo
Guilherme Augusto Macedo é acusado de homicídio doloso após disparo que resultou na morte de Marco Aurélio Cardenas Acosta.
A Polícia Civil de São Paulo concluiu, na última sexta-feira (3), o inquérito que investigava a morte do estudante de medicina Marco Aurélio Cardenas Acosta, ocorrida durante uma abordagem policial. O procedimento foi enviado à Justiça com um pedido de prisão preventiva do policial militar Guilherme Augusto Macedo, que é apontado como autor do disparo fatal.
O incidente aconteceu na madrugada do dia 20 de novembro, por volta das 2h50, na escadaria de um hotel localizado na Rua Cubatão, na Vila Mariana, zona sul da capital paulista. Marco Aurélio, de 22 anos, foi atingido por um tiro à queima-roupa, após uma perseguição que se iniciou quando ele teria agredido o retrovisor da viatura policial e, em seguida, buscado abrigo no hotel.
De acordo com as informações obtidas, o estudante estava desarmado e sem camisa no momento do disparo. A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo confirmou que a autoridade policial aguarda a manifestação do Poder Judiciário sobre o caso, enquanto Guilherme Augusto Macedo já havia sido indiciado anteriormente no Inquérito Policial Militar (IPM) por homicídio doloso e permanece afastado de suas funções.
O delegado Gabriel Tadeu Brienza Viera, responsável pelo Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), destacou em seu relatório que, apesar da reação do estudante, o policial “assumiu o risco do resultado morte” ao utilizar sua arma de fogo de maneira inadequada. O outro policial que acompanhava Macedo na operação também foi afastado.
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A morte de Marco Aurélio gerou grande repercussão na sociedade e levantou discussões sobre a conduta policial em situações de abordagem. O caso é visto como mais um exemplo da violência policial que afeta a população, especialmente em áreas urbanas.
Além disso, a situação trouxe à tona a necessidade de uma revisão nas práticas de policiamento e na formação dos agentes, visando garantir a proteção dos direitos dos cidadãos e a segurança pública. A pressão da sociedade civil e de organizações de direitos humanos tem sido crescente, exigindo respostas efetivas e transparência nas investigações.
O pedido de prisão preventiva de Guilherme Augusto Macedo agora aguarda a decisão da Justiça, que terá a responsabilidade de avaliar as evidências apresentadas e determinar os próximos passos legais. O desfecho deste caso poderá influenciar a percepção pública sobre a atuação da Polícia Militar e a confiança nas instituições de segurança.
Marco Aurélio Cardenas Acosta era um estudante dedicado, com aspirações de se tornar médico. Sua morte não apenas impactou sua família e amigos, mas também a comunidade acadêmica, que se mobilizou em protestos pedindo justiça e mudanças nas políticas de segurança pública.
O caso continua a ser acompanhado de perto por diversas entidades e pela mídia, que buscam esclarecer todos os detalhes da ocorrência e garantir que a verdade prevaleça. A sociedade espera que as autoridades tomem as medidas necessárias para evitar que tragédias como essa se repitam no futuro.
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