Investigação revela que Livelsberger utilizou inteligência artificial para planejar atentado com explosivos em Las Vegas.
07 de Janeiro de 2025 às 21h22

Explosão do Cybertruck em Las Vegas foi planejada usando inteligência artificial generativa

Investigação revela que Livelsberger utilizou inteligência artificial para planejar atentado com explosivos em Las Vegas.

No dia 1º de janeiro, uma explosão de um Cybertruck da Tesla ocorreu em frente ao hotel Trump em Las Vegas, resultando na morte de Matthew Livelsberger, um ex-soldado das forças especiais do Exército dos Estados Unidos. A polícia local revelou que Livelsberger é o autor do atentado e que utilizou inteligência artificial generativa, incluindo ChatGPT, para organizar seu ato.

As investigações iniciais indicam que Livelsberger buscou informações sobre explosivos e a velocidade de munições através da ferramenta de IA. O xerife Kevin McMahill, da polícia metropolitana de Las Vegas, afirmou que existem “evidências claras” de que ele usou a IA para ajudar a planejar o ataque.

Livelsberger, que estava em licença do serviço militar, teria se suicidado com um tiro na cabeça logo antes da explosão. A polícia encontrou no veículo duas armas de fogo, uma pistola e um rifle, além de mais de 27 quilos de material pirotécnico e 75 litros de combustível, que foram utilizados na explosão.

A explosão ocorreu poucas horas após um ataque em Nova Orleans, que resultou na morte de 14 pessoas, e que foi realizado por um ex-militar inspirado pelo grupo terrorista Estado Islâmico. A proximidade temporal entre os dois eventos gerou especulações sobre possíveis ligações, mas as autoridades afirmaram que não há evidências que conectem Livelsberger a organizações terroristas.

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A polícia está analisando um laptop, um celular e um smartwatch que pertenciam a Livelsberger. Durante a investigação, foram encontradas duas cartas que mencionam “grievances políticas” e reflexões sobre conflitos internacionais e problemas sociais nos Estados Unidos. Em uma das cartas, Livelsberger expressou que sua ação não era uma tentativa de ataque terrorista, mas sim um “sinal de alerta” sobre o estado do país.

Ele também relatou ter sofrido traumas durante sua carreira militar e que a explosão era uma forma de lidar com as memórias de seus companheiros perdidos. “Eu precisava me livrar da dor das vidas que tirei”, escreveu Livelsberger em uma de suas cartas.

As investigações continuam, e a polícia está colaborando com o Departamento de Defesa para entender melhor o conteúdo dos documentos encontrados. Livelsberger havia sido um membro das Forças Especiais e recebeu diversas condecorações por bravura em combate, incluindo a Estrela de Bronze.

As autoridades também confirmaram que, apesar de sua preparação meticulosa, Livelsberger não estava na lista de monitoramento do FBI antes do incidente. Sua esposa, que foi entrevistada pelas autoridades, afirmou que não acreditava que ele quisesse machucar alguém.

O caso levanta preocupações sobre o uso de inteligência artificial em atividades criminosas e a necessidade de uma discussão mais ampla sobre a segurança e a regulamentação dessas tecnologias. As investigações estão em andamento, e novas informações devem ser divulgadas à medida que a análise dos dispositivos de Livelsberger avança.

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