A forte chuva que atingiu a cidade de Dom Silvério, em Minas Gerais, deixou moradores ilhados e causou grandes danos na infraestrutura.
08 de Janeiro de 2025 às 16h39

Tempestade causa destruição em Dom Silvério, MG, com 9 pontes derrubadas

A forte chuva que atingiu a cidade de Dom Silvério, em Minas Gerais, deixou moradores ilhados e causou grandes danos na infraestrutura.

Na terça-feira (7), a cidade de Dom Silvério, localizada na Região da Zona da Mata, em Minas Gerais, foi severamente afetada por uma tempestade que resultou na queda de nove pontes, sendo três na área urbana e seis na zona rural. A forte chuva também provocou inundações que deixaram muitas casas cobertas de lama e a população sem energia elétrica.

Com aproximadamente 5.228 habitantes, o município viu muitos de seus moradores abandonarem suas residências em meio à enxurrada. O prefeito José Bráulio (União) esteve presente nas operações de resgate, utilizando cordas para ajudar as vítimas a se afastarem das áreas inundadas.

Em entrevista na manhã de quarta-feira (8), o prefeito destacou que a prioridade era atender às necessidades imediatas da população, mas também enfatizou a importância da recuperação da cidade. “Estamos focados no restabelecimento de serviços essenciais como água e energia elétrica, além da limpeza das áreas afetadas”, afirmou.

Na mesma manhã, um mutirão de limpeza foi organizado, contando com a participação de 150 pessoas. Graças a esses esforços, o abastecimento de água e a energia elétrica foram completamente normalizados até o final da manhã. No entanto, a prefeitura ainda não possui uma estimativa sobre o número de desabrigados e desalojados.

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Minas Gerais enfrenta uma crise devido às chuvas intensas, com 41 municípios em situação de emergência. As cidades de Conceição do Pará, Coronel Fabriciano e Nepomuceno estão em estado de calamidade pública. Desde o final de setembro, 11 mortes foram registradas em decorrência dos temporais, a maioria ocorrendo em dezembro. As vítimas são oriundas de diversas cidades, incluindo Uberlândia, Ipanema e Maripá de Minas.

De acordo com o boletim da Defesa Civil de Minas Gerais, 1.268 pessoas foram desalojadas no estado, enquanto 183 necessitaram de abrigos públicos. A situação continua crítica em várias regiões, com as autoridades trabalhando para mitigar os danos e garantir a segurança da população.

Os moradores que passaram a noite ilhados enfrentaram uma cidade tomada pela lama ao acordar. O fornecimento de energia e água foi interrompido, e até a tarde de quarta-feira, os serviços ainda apresentavam falhas. A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) informou que o restabelecimento da energia no bairro Pontilhão estava sendo aguardado, devido à queda de postes provocada pelo aumento do nível do rio do Peixe.

Além disso, mesmo com o abastecimento de água sendo reestabelecido, a prefeitura distribuiu hipoclorito de sódio para garantir a potabilidade da água. O coordenador da Defesa Civil, Amon Moreira, ressaltou que a prioridade é salvar vidas e que a equipe está trabalhando desde as primeiras horas após o temporal.

Apesar dos danos significativos, não houve feridos registrados até o momento. As equipes da prefeitura continuam a trabalhar na remoção de lama e entulhos, especialmente nos bairros mais atingidos, como Campestre e Centro, que foram alagados pela elevação do nível do Córrego do Mingau.

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