Uma mulher de 56 anos, mordida por um sagui, é a primeira paciente com raiva em PE desde 2017; ela está internada.
09 de Janeiro de 2025 às 15h10

Pernambuco registra primeiro caso de raiva humana em oito anos; mulher foi mordida por sagui

Uma mulher de 56 anos, mordida por um sagui, é a primeira paciente com raiva em PE desde 2017; ela está internada.

Pernambuco confirmou, nesta quinta-feira (9), o primeiro caso de raiva humana no estado após um intervalo de oito anos sem registros. A paciente, uma mulher de 56 anos, foi mordida por um sagui, o que resultou em uma lesão na mão esquerda. Ela está internada no Hospital Universitário Oswaldo Cruz, em Santo Amaro, no centro do Recife.

A mulher, natural de Santa Maria do Cambucá, no Agreste de Pernambuco, deu entrada no hospital no dia 31 de dezembro de 2024, apresentando sintomas como dormência, dores e fraqueza. O quadro clínico se agravou rapidamente, levando-a a necessitar de ventilação mecânica em 2 de janeiro, quando foi diagnosticada com uma condição neurológica grave.

De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), o exame realizado pelo Instituto Pasteur confirmou a contaminação por raiva nove dias após a internação, em 8 de janeiro. O vírus identificado é de origem silvestre, e a investigação revelou que queimadas na região, ocorridas dias antes do incidente, forçaram o sagui a abandonar seu habitat natural, resultando no contato com a mulher.

A raiva humana é uma doença infecciosa viral aguda causada pelo vírus do gênero Lyssavirus, que tem uma taxa de letalidade de 100%. A transmissão ocorre principalmente através da mordedura, arranhadura ou lambedura de animais infectados, como cães, gatos e morcegos.

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Os sintomas da doença podem se manifestar entre 2 a 10 dias após o período de incubação, incluindo mal-estar geral, febre baixa, dor de cabeça, náuseas e irritabilidade. A SES-PE alertou que, em caso de agressão por animais silvestres, a primeira medida de prevenção é procurar assistência médica imediatamente para a profilaxia adequada.

A paciente permanece sob cuidados médicos intensivos, sendo monitorada para possíveis complicações. A médica Ana Flávia Campos, responsável pelo atendimento, afirmou que “desde a internação, a paciente não apresentou sinais de infecção bacteriana secundária e continua sendo acompanhada de perto pela equipe médica”.

A prevenção contra a raiva é essencial e pode ser realizada por meio da vacinação de animais e humanos. O governo de Pernambuco realiza anualmente campanhas de vacinação antirrábica, visando proteger tanto os animais quanto a população.

Este caso ressalta a importância da conscientização sobre a raiva e a necessidade de buscar assistência médica após qualquer contato com animais silvestres, especialmente em regiões onde a doença pode ser endêmica.

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