Exames revelam que vítima de acidente com Rodrigo Garro tinha álcool e drogas no sangue
Promotor confirma que Nicolás Chiaraviglio, vítima do atropelamento, testou positivo para substâncias ilícitas e álcool
O acidente de trânsito que envolveu o jogador Rodrigo Garro, do Corinthians, na Argentina, ganhou novos desdobramentos nesta quinta-feira (9). O promotor Francisco Cuenca, responsável pela investigação, confirmou que o exame de sangue de Nicolás Chiaraviglio, de 30 anos, a vítima fatal do atropelamento ocorrido no último sábado (4), apontou a presença de 1,56g/l de álcool, além de resultados positivos para maconha e cocaína.
“Recebemos informações relevantes, incluindo dados da Agência Científica que indicaram um alto nível de álcool no sangue da vítima, além da presença de substâncias ilícitas”, declarou Cuenca ao portal En Boca de Todos HD. A informação foi inicialmente divulgada pela TNT Sports e corroborada por outros veículos de comunicação.
Além do estado de embriaguez, foi revelado que Chiaraviglio estava com a habilitação suspensa desde 2022 e que as luzes de sua motocicleta não estavam funcionando no momento do acidente. O procurador Agüero, que também acompanha o caso, ressaltou que todos os dados coletados da vítima serão analisados em detalhes durante a investigação.
Rodrigo Garro, que se apresentou ao Corinthians após o incidente, foi indiciado por homicídio culposo, caracterizado pela falta de intenção de matar. O julgamento do caso ainda não tem data definida. O acidente ocorreu em General Pico, cidade natal do jogador, localizada a cerca de 600 km de Buenos Aires.
Na madrugada do acidente, Garro dirigia uma caminhonete Dodge RAM quando colidiu com a motocicleta pilotada por Chiaraviglio. O motociclista não sobreviveu ao impacto. O procurador Agüero informou que Garro testou positivo no bafômetro, com um resultado de 0,5 gramas de álcool por litro de sangue, em um estado onde a tolerância é zero.
Após o acidente, Garro foi detido para prestar depoimento, mas foi liberado em seguida. O promotor Cuenca destacou que a análise das provas e a reconstrução dos fatos ainda estão em andamento, e que testemunhas oculares do acidente serão convocadas para depor.
O caso gerou grande repercussão no Brasil, especialmente entre os torcedores do Corinthians, que acompanham de perto a situação do jogador. O clube, por sua vez, montou um grupo para acompanhar o desenrolar das investigações, com diretores mantendo contato com os advogados de Garro.
A Procuradoria da Argentina decidirá nos próximos dias se prosseguirá com a acusação formal contra Garro, que poderá enfrentar um processo judicial que pode durar entre um a dois anos. O crime de homicídio culposo agravado por alcoolemia pode resultar em pena de três a seis anos de prisão, conforme o Código Penal argentino.
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