Polícia Civil apreende 16 mil celulares e prende 39 em operações em SP e Baixada Santista
As ações visavam desmantelar redes criminosas que comercializam celulares roubados; 39 detidos em flagrante.
São Paulo – A Polícia Civil de São Paulo realizou uma série de operações entre os dias 4 e 9 de janeiro, resultando na apreensão de mais de 16 mil celulares e na prisão de 39 pessoas. As ações ocorreram na capital paulista e na Baixada Santista, com o objetivo de combater organizações criminosas que atuam na comercialização de aparelhos furtados ou roubados.
As investigações indicaram que os celulares apreendidos não possuíam registro de origem e apresentavam indícios claros de furto ou roubo. Esses dispositivos eram frequentemente utilizados em comércios para conserto ou revenda de peças, alimentando um mercado ilegal que se expande a cada dia, segundo informações da polícia. Os envolvidos na rede de receptação foram detidos em flagrante durante as operações.
Uma das operações, denominada Big Mobile, teve início em 4 de janeiro e resultou na apreensão de 275 celulares. Em uma segunda fase, realizada dois dias depois, a polícia deflagrou ações em lojas da região central da capital, onde cerca de 8,3 mil aparelhos sem nota fiscal foram recolhidos.
Ao todo, a ação mobilizou mais de 480 policiais, 213 viaturas, um drone e uma aeronave, resultando em 29 flagrantes e 32 pessoas presas. As operações foram planejadas para atingir pontos estratégicos onde a receptação de celulares é mais comum.
Em uma ação complementar na Baixada Santista, a Polícia Civil apreendeu 8,1 mil celulares em comércios de cidades como Santos, Bertioga, Guarujá e Cubatão na última quinta-feira (9). Sete pessoas foram detidas e responderão por crimes de descaminho e infrações tributárias.
A Polícia Civil está atualmente analisando a origem dos aparelhos apreendidos, utilizando o código de IMEI para identificar os proprietários. As investigações são baseadas em boletins de ocorrência registrados por vítimas de furto ou roubo, com o intuito de estabelecer vínculos entre os crimes e as lojas que supostamente receptam os aparelhos subtraídos.
As operações têm como foco não apenas a apreensão de celulares, mas também a desarticulação de redes que facilitam a venda e o conserto de dispositivos roubados. A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) ressaltou que o combate a esses crimes é uma prioridade, especialmente em períodos de alta circulação de turistas no litoral paulista.
O número de celulares apreendidos até agora representa quase 40% do total de 39 mil aparelhos que foram recuperados em todo o ano de 2024. Em 2023, a Polícia Civil conseguiu devolver cerca de 36 mil celulares a seus legítimos donos, evidenciando a importância das operações de combate ao furto e roubo de dispositivos móveis.
As autoridades continuam a trabalhar para garantir que todas as etapas das operações sejam concluídas, com o objetivo de enfrentar os crimes relacionados a aparelhos celulares e proteger a população de ações criminosas.
Veja também: