Incidente recente com explosão de aeronave levanta preocupações sobre segurança do aeroporto.
12 de Janeiro de 2025 às 13h16

Aeroporto Estadual Gastão Madeira, em Ubatuba, registra histórico de acidentes aéreos

Incidente recente com explosão de aeronave levanta preocupações sobre segurança do aeroporto.

O Aeroporto Estadual Gastão Madeira, localizado em Ubatuba, no litoral de São Paulo, tem um histórico preocupante de acidentes aéreos. Na manhã desta quinta-feira, 9, um avião explodiu nas proximidades do aeroporto, resultando na morte do piloto e deixando quatro passageiros feridos, que estão internados em um hospital local.

Este não é o primeiro incidente grave na região. O primeiro acidente registrado ocorreu em 2016, quando um monomotor Cessna 172 Skyhawk apresentou falhas durante o voo. No ano seguinte, um jato Cessna Citation Mustang C510 também se envolveu em um acidente, além de um grave incidente com um monomotor Piper PA-28.

Em 2018, um monomotor turboélice Pilatus PC-12 teve problemas mecânicos, sendo classificado como acidente. No ano seguinte, duas ocorrências foram registradas: um ultraleve saiu da pista e um cargueiro militar Boeing C-17 Globemaster III apresentou falha mecânica durante a operação.

Após um período sem acidentes entre 2020 e 2022, em 2023, um monomotor Cessna 170 sofreu um acidente durante uma operação a baixa altitude com cargas externas. Não houve registros de acidentes em 2024, mas o recente incidente fatal em 2025 reacendeu as preocupações sobre a segurança do aeroporto.

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A pista do Aeroporto Estadual Gastão Madeira possui 940 metros de comprimento, mas devido ao relevo da região e a obstáculos próximos à cabeceira, 380 metros não podem ser utilizados em determinadas operações. Isso limita a capacidade de pouso e decolagem, especialmente em situações críticas.

Para decolagens em direção ao mar, a pista pode ser utilizada em sua totalidade, mas pousos nesse sentido são restritos, pois os primeiros 380 metros não estão disponíveis. Assim, restam apenas 560 metros para a aterrissagem, o que pode ser insuficiente para algumas aeronaves.

A mesma restrição se aplica a decolagens no sentido do continente, forçando as aeronaves a ganhar altitude em apenas 560 metros, o que pode ser um desafio em condições adversas.

As autoridades locais e o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) estão monitorando a situação e investigando as causas do recente acidente, que destaca a necessidade de uma revisão nas operações do aeroporto e na segurança das aeronaves que o utilizam.

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