Petróleo atinge alta significativa com sanções dos EUA à Rússia, superando US$ 80
Os preços do petróleo se elevaram após novas sanções dos Estados Unidos, impactando o mercado global.
Os preços do petróleo fecharam em forte alta nesta segunda-feira, 13 de novembro, estendendo os ganhos da última sessão. A elevação dos preços é atribuída às novas sanções impostas pelos Estados Unidos contra empresas petrolíferas da Rússia, um dos principais fornecedores globais da commodity.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para fevereiro teve um aumento de 2,93%, fechando a US$ 78,82 o barril. Já o Brent, negociado na Intercontinental Exchange (ICE) para março, avançou 1,56%, alcançando US$ 81,01 o barril. Esses valores representam os maiores níveis desde agosto do ano passado.
As sanções dos EUA incluem bloqueios a grandes empresas do setor de petróleo e gás da Rússia. Em resposta, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, declarou que a Rússia buscará maneiras de mitigar os efeitos dessas restrições sobre sua produção.
Analistas do Citi estimam que as novas medidas podem resultar em uma redução de até 800.000 barris por dia (bpd) no fornecimento de petróleo russo. No entanto, se a Rússia operar suas refinarias com maior intensidade, essa perda poderia ser reduzida para cerca de 300.000 bpd.
O banco Morgan Stanley também indicou que há um potencial significativo para um aumento nos preços do petróleo, uma vez que a possível queda na oferta gera um risco de alta. Os analistas agora projetam que o preço médio do Brent será de US$ 77,50 no primeiro trimestre de 2025 e US$ 75 no segundo trimestre, ambos com um aumento de US$ 5 em relação às previsões anteriores.
Além disso, os investidores estão atentos aos desdobramentos de um possível acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas, que pode resultar na liberação de 33 pessoas em sua primeira fase e na retirada gradual das forças de defesa israelenses de Gaza. Contudo, o ministro das Finanças de Israel classificou o acordo como “catastrófico” e defendeu uma “força total” até a rendição do Hamas.
As flutuações nos preços do petróleo são monitoradas de perto, pois impactam não apenas a economia global, mas também os mercados locais, refletindo diretamente nos custos de combustíveis e na inflação.
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