Levantamento revela que 53,1% dos brasileiros aprovam a abordagem da PM sob Tarcísio de Freitas; apoio é maior entre homens.
14 de Janeiro de 2025 às 08h22

53% dos brasileiros apoiam política de segurança de Tarcísio em SP

Levantamento revela que 53,1% dos brasileiros aprovam a abordagem da PM sob Tarcísio de Freitas; apoio é maior entre homens.

Uma pesquisa realizada pelo Instituto Paranã Pesquisas, divulgada nesta terça-feira, 14 de janeiro de 2025, aponta que 53,1% dos brasileiros aprovam a política de segurança pública implementada pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), em relação à atuação da Polícia Militar (PM) do estado. O levantamento foi feito com 2.018 entrevistados em 164 municípios, abrangendo todos os 26 estados e o Distrito Federal, entre os dias 7 e 10 de janeiro.

O estudo revela que 25,7% dos entrevistados desaprovam a condução da PM, enquanto 21,2% não souberam ou não quiseram opinar. No Sudeste, onde se concentra o maior colégio eleitoral do país, a aprovação chega a 60,4%, enquanto no Nordeste a taxa cai para 46,1%. Essa diferença pode ser atribuída a uma série de incidentes de violência envolvendo a corporação, que têm gerado críticas e preocupações na população.

Além disso, a pesquisa também questionou os participantes sobre a percepção da violência da PM paulista em comparação com outras regiões do Brasil. Os resultados mostraram que 33,8% dos entrevistados acreditam que a polícia de São Paulo é mais violenta que a de outros estados, enquanto 26,2% a consideram igual e 26,1% afirmam que não é mais violenta.

A análise da aprovação da política de segurança pública revela uma disparidade significativa entre gêneros e faixas etárias. A aprovação é maior entre os homens, com 59,8%, em comparação com apenas 47,1% das mulheres. Entre os jovens de 16 a 24 anos, a taxa de aprovação é ainda mais baixa, alcançando 47,7%. Por outro lado, a faixa etária de 35 a 44 anos apresenta a maior taxa de aprovação, com 58,2%.

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O tema da segurança pública é considerado um dos pilares para as eleições presidenciais de 2026. Tarcísio de Freitas já sinalizou sua intenção de concorrer à reeleição em São Paulo, além de ser visto como um potencial candidato à presidência, especialmente após a inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que deixou um vácuo no campo da direita.

O levantamento do Paranã Pesquisas também destaca que a condução das políticas de segurança pública em São Paulo está sob a responsabilidade do secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite. Recentemente, o governo de Tarcísio anunciou a contratação de 7.800 novos agentes de segurança, sendo 4.000 para a PM, a maior contratação em 14 anos.

Entretanto, os dados de violência policial em São Paulo têm gerado preocupações. Em 2024, 835 pessoas morreram em decorrência de ações da PM, um aumento de 75% em relação a 2022, último ano do governo de João Doria (PSDB). O número de mortes também representa um aumento em relação a 2023, quando 542 pessoas foram mortas em ações policiais.

Casos recentes de violência policial, como a agressão de um grupo de policiais durante um velório em Bauru e a morte do universitário Marco Aurélio Acosta, têm alimentado o debate sobre a conduta da PM. Em um incidente, um policial foi filmado arremessando um homem de uma ponte, resultando em uma onda de críticas e um pedido de impeachment contra o secretário Derrite na Assembleia Legislativa de São Paulo, embora Tarcísio tenha decidido mantê-lo no cargo.

Esses eventos refletem um cenário complexo em relação à segurança pública em São Paulo, onde a aprovação das políticas de Tarcísio de Freitas contrasta com a crescente preocupação sobre a violência policial e a necessidade de reformas na corporação.

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