MPRJ pede prisão preventiva de motorista suspeito de atropelar jovem em Búzios
Denúncia foi feita após indeferimento de pedido anterior; Maria Eduarda, de 18 anos, morreu em acidente na calçada.
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) protocolou, nesta quarta-feira (15), um pedido à Justiça para a decretação da prisão preventiva de Yago da Silva Lima, o motorista acusado de atropelar e matar a jovem Maria Eduarda de Souza Augusto, de 18 anos. O trágico acidente ocorreu no último domingo (12), em Armação dos Búzios, na Região dos Lagos.
O pedido de prisão preventiva foi apresentado pela promotora Renata Mello Chagas, após a Justiça ter indeferido anteriormente o pedido de prisão temporária do suspeito. A decisão judicial foi fundamentada na alegação de que não havia novos elementos a serem investigados e que o motorista colaborou com as investigações.
Maria Eduarda estava comemorando sua formatura no ensino médio quando foi atingida na calçada da Avenida José Bento Ribeiro Dantas, por volta das 4h52 da madrugada. Imagens de câmeras de segurança mostram o momento em que o veículo sobe na calçada e atropela as vítimas, que caminhavam de mãos dadas.
Além de Maria Eduarda, outra jovem, Giovanna Larrubia Contides, também de 18 anos, foi atingida e permanece hospitalizada. O motorista, que se apresentou à Delegacia de Polícia na segunda-feira (13), confessou ter ingerido bebida alcoólica e não possuir habilitação para dirigir.
Após o atropelamento, Yago desceu do veículo e, ao perceber a gravidade da situação, optou por fugir do local sem prestar socorro às vítimas. O MPRJ argumenta que o motorista agiu de forma consciente e voluntária, assumindo o risco de causar a morte ao dirigir sob a influência de álcool.
O documento apresentado à Justiça ressalta que o crime foi cometido com extrema crueldade, uma vez que Maria Eduarda foi violentamente atropelada e abandonada em via pública. O MPRJ também destaca que o ato foi praticado de maneira que poderia gerar perigo a outras pessoas, considerando que o atropelamento ocorreu em um local público.
Além do pedido de prisão preventiva, o MPRJ requisitou à Justiça a fixação de um valor para reparação de danos morais às famílias das vítimas. A promotora enfatiza que a conduta do motorista foi agravada pela falta de socorro e pela direção sob efeito de álcool, o que demonstra um desrespeito à vida e à segurança pública.
O caso gerou grande comoção nas redes sociais, onde amigos e familiares de Maria Eduarda expressaram seu luto e indignação pela tragédia. O acidente não apenas ceifou a vida de uma jovem promissora, mas também deixou marcas profundas na comunidade local.
A Polícia Civil continua a investigar o caso, e o motorista permanece sob medidas cautelares, incluindo a proibição de mudar de endereço sem autorização judicial e a obrigação de comparecer mensalmente ao juízo.
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