Suspeitos manipulavam imagens de famosos para fraudes e ostentavam estilo de vida luxuoso online.
16 de Janeiro de 2025 às 13h47

Trio preso por golpes com inteligência artificial exibia luxo nas redes sociais

Suspeitos manipulavam imagens de famosos para fraudes e ostentavam estilo de vida luxuoso online.

A Polícia Civil do Distrito Federal prendeu três indivíduos suspeitos de integrar um grupo criminoso que aplicava golpes utilizando inteligência artificial. A operação, denominada “Operação Voiceover”, ocorreu na noite de quarta-feira (15) e resultou na prisão temporária dos acusados, além do cumprimento de mandados de busca e apreensão em Taguatinga e Águas Claras.

Os suspeitos, identificados como Gustavo Cardoso Marques, de 22 anos, João Victor Gomes, de 23, e Kauã Moura Calçado, de 20, utilizavam tecnologia avançada para manipular vídeos e áudios de figuras públicas, criando anúncios de promoções fraudulentas que enganavam consumidores em todo o Brasil. Um dos casos mais notórios envolveu o apresentador Marcos Mion, cuja imagem e voz foram alteradas para promover uma falsa oferta do restaurante Outback.

Em nota, o Outback alertou os consumidores sobre as fraudes associadas à sua marca, afirmando: “Estamos trabalhando ativamente para derrubar os perfis e sites falsos, além de reforçar o alerta de segurança para nossos clientes.”

Os criminosos operavam a partir de um escritório no Distrito Federal, onde, além de manipular conteúdos digitais, ostentavam um estilo de vida luxuoso nas redes sociais, exibindo carros importados e relógios caros. Essa ostentação tinha como objetivo atrair vítimas para seus golpes. Ao clicarem nos anúncios fraudulentos, as pessoas eram direcionadas para sites falsos, onde eram induzidas a pagar por “vouchers promocionais” que não existiam.

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De acordo com as investigações, os suspeitos utilizavam criptomoedas para lavar o dinheiro obtido com as fraudes. Até o momento, a polícia não conseguiu determinar o valor total movimentado pela organização criminosa, mas, em apenas quatro dias, 27 vítimas já haviam registrado denúncias sobre os golpes.

Os acusados responderão por crimes de fraude eletrônica, associação criminosa e lavagem de dinheiro. As investigações continuam em andamento para identificar outras vítimas em todo o país.

A operação destaca a crescente preocupação com o uso de tecnologias avançadas para a prática de crimes e a necessidade de vigilância por parte dos consumidores. O uso de inteligência artificial para manipulação de conteúdos digitais representa um desafio significativo para as autoridades, que buscam formas de coibir esse tipo de crime.

Além disso, a ostentação de um estilo de vida luxuoso nas redes sociais por parte dos criminosos levanta questões sobre a vulnerabilidade das pessoas diante de fraudes online, especialmente em tempos em que a confiança em ofertas digitais é frequentemente explorada por golpistas.

As autoridades reforçam a importância de que os consumidores permaneçam atentos e cautelosos ao se depararem com ofertas que parecem boas demais para serem verdade. A prevenção e a educação sobre segurança digital são fundamentais para evitar que mais pessoas se tornem vítimas desse tipo de crime.

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