Nicole Morais da Silva foi atingida por bala perdida enquanto acompanhava sua mãe em compras.
16 de Janeiro de 2025 às 17h39

Investigação sobre a morte de menina de 12 anos em tiroteio em São João de Meriti

Nicole Morais da Silva foi atingida por bala perdida enquanto acompanhava sua mãe em compras.

A Polícia Civil do Rio de Janeiro investiga a morte de Nicole Morais da Silva, uma menina de 12 anos, que foi atingida por uma bala perdida na manhã desta quinta-feira (16) na comunidade Buraco Quente, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense. O incidente ocorreu enquanto a criança e sua mãe, Cláudia Morais, de 42 anos, estavam a caminho de uma compra de refrigerantes.

De acordo com testemunhas, o tiroteio começou quando policiais militares entraram na comunidade em busca de criminosos. Durante a troca de tiros, Nicole foi atingida no peito e não resistiu aos ferimentos, falecendo no local. Sua mãe, Cláudia, foi baleada na perna e está internada no Hospital Municipal Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, onde seu estado de saúde é considerado estável.

As informações preliminares indicam que a Polícia Militar foi acionada para investigar uma denúncia sobre um homem em uma motocicleta roubada e um possível esconderijo de armas e drogas na região de Tomazinho, que fica próxima ao local do incidente. Ao chegarem, os policiais afirmaram que foram atacados por disparos vindos da comunidade, o que resultou no confronto.

Imagens feitas por moradores mostram o desespero da população ao tentar socorrer Nicole, que ficou desacordada em um estabelecimento local. A família da menina criticou a demora no atendimento, alegando que Cláudia só foi levada para o hospital uma hora após o ocorrido, enquanto Nicole já estava sem vida.

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A Prefeitura de São João de Meriti confirmou que mãe e filha foram atendidas no Pronto Atendimento Municipal Meriti, onde ambas foram identificadas como vítimas de perfuração por arma de fogo. Cláudia foi transferida para o hospital em Duque de Caxias, enquanto o corpo de Nicole foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) da mesma cidade.

O caso gerou indignação na comunidade e levantou questões sobre a segurança pública na região. A Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense está à frente das investigações, enquanto o comando do 21º Batalhão da Polícia Militar instaurou um procedimento apuratório para apurar as circunstâncias do tiroteio.

Segundo dados do Instituto Fogo Cruzado, este é o segundo caso de adolescentes baleados no Grande Rio em 2025, sendo que um deles morreu e outro ficou ferido. A situação reflete a crescente preocupação com a violência armada nas comunidades fluminenses, que frequentemente se tornam palco de confrontos entre policiais e traficantes.

A morte de Nicole Morais da Silva é um triste lembrete da vulnerabilidade das crianças em áreas afetadas pela violência. A comunidade aguarda respostas sobre o que realmente ocorreu durante o tiroteio e as ações que serão tomadas para evitar que tragédias como essa se repitam.

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