A jovem de 26 anos já se comunica por escrito e deseja justiça após ser ferida em abordagem policial.
17 de Janeiro de 2025 às 13h42

Juliana Rangel, baleada pela PRF, pede justiça em bilhete e mostra evolução na UTI

A jovem de 26 anos já se comunica por escrito e deseja justiça após ser ferida em abordagem policial.

A jovem Juliana Leite Rangel, de 26 anos, que foi baleada na cabeça durante uma abordagem da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na véspera de Natal, apresenta sinais de recuperação e já consegue se comunicar por meio de bilhetes. Em uma mensagem tocante enviada à sua mãe, Dayse Rangel, Juliana expressou seu desejo de justiça, afirmando que apenas Deus e ela sabem o que tem enfrentado desde o trágico incidente ocorrido na noite de 24 de dezembro.

Dayse, emocionada, compartilhou que sua filha já consegue se levantar da cama com apoio e que está ansiosa para escrever. “Estou muito emocionada. A cada dia que passa vejo a minha filha melhor. A Juju já está se levantando da cama, com uma pessoa segurando em cada braço. E quer escrever. Me pediu um caderno, que estou levando para ela”, disse a mãe, que também informou que os antibióticos foram suspensos, uma vez que Juliana não apresenta mais sinais de infecção.

Os médicos que acompanham Juliana relatam que ela está respondendo bem aos estímulos e já demonstra compreensão sobre o que ocorreu com ela. “A gente está começando a falar para ela mais ou menos sobre o ocorrido”, revelou Dayse, que também destacou um episódio em que um dos médicos tentou enganar Juliana com uma cor, e ela prontamente corrigiu, mostrando que ainda possui clareza mental.

O boletim médico do Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes, onde Juliana permanece internada, indica que ela apresenta um bom estado geral, com estabilidade hemodinâmica e sinais positivos de resposta ao tratamento. A paciente segue respirando com a ajuda de aparelhos, mas já está em processo de desmame da ventilação mecânica, interagindo com o ambiente e realizando fisioterapia motora e respiratória.

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Juliana foi atingida por disparos enquanto estava no carro com sua família, a caminho de Niterói para a ceia de Natal. Durante a abordagem, o veículo foi alvo de cerca de 30 tiros disparados pelos agentes da PRF, que alegaram ter reagido a um suposto ataque. O pai de Juliana, Alexandre Rangel, também foi ferido, e a família vive um momento de angústia e incerteza.

Após o incidente, os policiais envolvidos prestaram depoimento à Polícia Federal, que abriu uma investigação para apurar os fatos. A PRF, em nota, lamentou o episódio e informou que os agentes foram afastados preventivamente de suas funções operacionais enquanto as investigações estão em andamento.

A situação de Juliana tem gerado comoção na sociedade, e sua mãe tem utilizado as redes sociais para compartilhar atualizações sobre o estado da filha e pedir justiça. “Vou gravar um vídeo da carta que a Juliana pede justiça, porque em foto não está dando para ver muito bem o que ela quis dizer aqui. Quero justiça, só Deus e eu sabemos o que estou passando”, declarou Dayse.

O caso de Juliana Rangel levanta questões sobre a atuação da PRF e a segurança pública, e a família aguarda respostas sobre o que realmente aconteceu naquela noite fatídica. A luta pela justiça e pela recuperação da jovem se tornou um símbolo de resistência e esperança para muitos que acompanham sua história.

Juliana segue internada na UTI, recebendo cuidados intensivos e apoio de uma equipe multidisciplinar, sem previsão de alta. A situação continua a ser monitorada de perto, e a esperança de sua recuperação é compartilhada por familiares e amigos que torcem por sua melhora.

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