Após anúncio de perdão a 1,5 mil envolvidos na invasão do Capitólio, figuras como Stewart Rhodes começam a ser libertadas.
21 de Janeiro de 2025 às 13h31

Libertação de manifestantes do Capitólio é iniciada após perdão de Trump

Após anúncio de perdão a 1,5 mil envolvidos na invasão do Capitólio, figuras como Stewart Rhodes começam a ser libertadas.

Os apoiadores do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que participaram da invasão ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021, começaram a ser libertados nesta terça-feira, 21. A medida segue um perdão abrangente anunciado por Trump na segunda-feira, 20, cumprindo uma promessa feita durante sua campanha eleitoral.

Entre os primeiros beneficiados estão figuras notórias como Stewart Rhodes, ex-líder do grupo extremista Oath Keepers, e Ethan Nordean, associado ao Proud Boys. O perdão concedido por Trump abrange cerca de 1.500 indivíduos condenados por crimes relacionados à invasão, que resultou em cinco mortes e deixou centenas de feridos.

O documento assinado por Trump determina que o Departamento de Justiça e o Escritório de Prisões garantam a imediata emissão dos certificados de perdão e a libertação dos detidos. Além disso, o ex-presidente instruiu o novo procurador-geral a buscar a anulação de todas as acusações pendentes contra indivíduos envolvidos nos eventos de janeiro de 2021.

Stewart Rhodes, que foi condenado a 18 anos de prisão por conspiração sediciosa, deixou a prisão federal em Cumberland, Maryland, nas primeiras horas do dia. Ele foi um dos organizadores do ataque ao Capitólio, que visava impedir a certificação da vitória do democrata Joe Biden nas eleições de 2020.

A libertação de Rhodes foi recebida com gratidão por sua defesa. “Estamos profundamente gratos ao presidente Trump por suas ações hoje”, declarou James Lee Bright, advogado de Rhodes, à agência de notícias Associated Press.

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Outro líder extremista, Enrique Tarrio, que foi condenado a 22 anos de prisão por conspirar contra os Estados Unidos, também pode ser libertado em breve, segundo seu advogado, que indicou que sua pena foi substituída.

A decisão de Trump de conceder perdão a esses indivíduos gerou reações adversas entre parlamentares que estiveram em perigo durante o ataque ao Capitólio. O líder democrata no Senado, Chuck Schumer, criticou a ação, afirmando que Trump está “inaugurando uma Era de Ouro para pessoas que violam a lei e tentam derrubar o governo”.

Durante a invasão, milhares de apoiadores de Trump invadiram o Capitólio em uma tentativa malsucedida de reverter os resultados das eleições. A violência resultou em agressões a cerca de 140 policiais e em quatro mortes.

Trump, que foi empossado para um novo mandato, já havia prometido revisar os casos dos envolvidos no incidente durante sua campanha. A medida de perdão é uma das primeiras ações de seu segundo mandato, que também inclui uma série de decretos que visam reverter políticas implementadas por seu antecessor, Joe Biden.

O perdão a esses manifestantes do Capitólio é um reflexo das divisões políticas que ainda permeiam os Estados Unidos, destacando a polarização em torno das ações de Trump e suas implicações para a democracia no país.

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