Em entrevista, ex-presidente expressou receio sobre os inquéritos em andamento contra ele.
22 de Janeiro de 2025 às 16h16

Bolsonaro afirma que acorda todos os dias com a 'sensação de ter a PF na porta'

Em entrevista, ex-presidente expressou receio sobre os inquéritos em andamento contra ele.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) revelou em uma entrevista recente que acorda todos os dias com "a sensação de ter a Polícia Federal na porta". A afirmação foi feita durante uma conversa com o canal Auriverde Brasil, onde Bolsonaro comentou sobre os inquéritos em que está indiciado.

Bolsonaro, que enfrenta investigações relacionadas a uma suposta trama de golpe de Estado, fraudes no cartão de vacinação e a venda ilegal de joias da Arábia Saudita, expressou seu receio de se tornar alvo de um mandado de prisão. "Qual a acusação? Não interessa", disse ele, enfatizando a incerteza que o cerca.

O ex-presidente foi indiciado pela Polícia Federal em três inquéritos distintos. O mais recente ocorreu em novembro do ano passado, quando Bolsonaro foi acusado de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa. Ele se mostrou preocupado com a possibilidade de ser preso devido a essas investigações.

Além de relatar sua apreensão, Bolsonaro lamentou não ter conseguido comparecer à posse do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Ele afirmou que seu passaporte está retido devido a investigações do Supremo Tribunal Federal (STF), o que o impede de viajar. "Eu queria estar nos Estados Unidos para ter essas conversas com líderes. Nunca pensei em sair do meu país em definitivo", afirmou.

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Durante a entrevista, Bolsonaro também criticou a Organização Mundial da Saúde (OMS) e defendeu a decisão de Trump de retirar os Estados Unidos da entidade. Ele alegou, sem apresentar provas, que o atual presidente da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, estaria subordinado ao Partido Comunista Chinês (PCC).

O ex-presidente ainda comentou sobre o ex-general Braga Netto, seu candidato a vice em 2022, que foi preso em dezembro passado por suposta tentativa de obstruir as investigações relacionadas ao golpe. Essa prisão aumentou as preocupações de Bolsonaro com as repercussões legais de suas ações.

Bolsonaro também se manifestou sobre a possibilidade de uma anistia aos presos pelos ataques de 8 de janeiro de 2023, em Brasília, sugerindo que o Congresso poderia seguir o exemplo dos Estados Unidos em relação aos condenados pelos ataques de 6 de janeiro de 2021 no Capitólio.

Por fim, o ex-presidente reafirmou seu compromisso com o Brasil, afirmando que nunca pensou em deixar o país. "Eu quero é ficar aqui para lutar pelo meu país", declarou, enquanto continua a enfrentar um cenário político conturbado e investigações que podem afetar seu futuro.

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