Miguel Arruda, do partido Chega, nega irregularidades e pede uso de imunidade parlamentar.
24 de Janeiro de 2025 às 14h55

Deputado português é expulso após acusações de roubo de malas em aeroportos

Miguel Arruda, do partido Chega, nega irregularidades e pede uso de imunidade parlamentar.

O deputado português Miguel Arruda, conhecido por suas posições de extrema direita, foi expulso de seu partido, Chega, após ser acusado de roubar malas em diversos aeroportos. A informação foi confirmada pelo partido em um comunicado oficial.

Na última terça-feira, Arruda foi interrogado pela polícia no aeroporto de Lisboa, onde as autoridades o acusaram de roubo de bagagem. Relatos indicam que algumas das malas desaparecidas foram encontradas em sua residência, o que agravou a situação do parlamentar.

Com 40 anos, Arruda negou qualquer irregularidade, afirmando em entrevista à emissora TVI: “Estou sendo crucificado em praça pública (...), mas até que provem o contrário, sou inocente.” O deputado decidiu permanecer na Assembleia da República como independente e solicitou o uso de sua imunidade parlamentar.

Durante a sessão parlamentar desta sexta-feira, membros de seu antigo partido manifestaram descontentamento, vaiando Arruda enquanto ele se sentava. O presidente da Assembleia, José Pedro Aguiar-Branco, orientou o deputado a ocupar um assento na parte de trás da câmara, onde costumam se sentar os legisladores não afiliados.

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De acordo com a mídia local, a polícia possui imagens de câmeras de segurança que supostamente mostram Arruda retirando malas do carrossel de bagagens e colocando-as em sua própria mala. O deputado, por sua vez, defendeu-se afirmando que as gravações poderiam ter sido manipuladas por inteligência artificial.

A Procuradoria-Geral, em comunicado à Agência France-Presse, confirmou que “medidas foram tomadas como parte de uma investigação relacionada a fatos que não têm nada a ver com suas funções oficiais”.

André Ventura, presidente do Chega, declarou que, diante das circunstâncias, “não posso permitir que ele permaneça no grupo parlamentar”, após uma reunião com Arruda.

Além das acusações de roubo, alguns veículos de imprensa em Portugal relataram que o deputado teria vendido o conteúdo das malas em uma plataforma online de itens usados, o que adiciona mais um elemento de gravidade às alegações contra ele.

O caso de Miguel Arruda levanta preocupações sobre a conduta de políticos em posições de poder e a necessidade de uma investigação rigorosa para esclarecer os fatos. A situação continua a se desenvolver, com a expectativa de novas informações surgindo nos próximos dias.

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