Deputado reafirma apoio à candidatura de Jair Bolsonaro, mas se coloca como opção para 2026.
24 de Janeiro de 2025 às 18h06

Eduardo Bolsonaro afirma que se “sacrificaria” para concorrer à presidência

Deputado reafirma apoio à candidatura de Jair Bolsonaro, mas se coloca como opção para 2026.

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) declarou que estaria disposto a se “sacrificar” para concorrer à Presidência da República, caso essa fosse a vontade de seu pai, Jair Bolsonaro (PL). O ex-presidente, no entanto, está inelegível até 2030, conforme decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Em entrevista ao jornal O Globo, Eduardo destacou que sua prioridade continua sendo apoiar Jair Bolsonaro como candidato nas eleições de 2026, mas não descartou a possibilidade de assumir a liderança, se necessário. “Meu plano A, B e C segue sendo Jair Bolsonaro. Mas, se ocorrer, se for para ser o candidato com ele escolhendo, eu me sacrificaria, sim”, afirmou.

A declaração do deputado ocorreu após ele ser apresentado como “futuro presidente do Brasil” por Steve Bannon, ex-assessor de Donald Trump, durante um evento nos Estados Unidos no dia 19 de janeiro, véspera da posse de Trump. Eduardo considerou o comentário de Bannon um elogio, mas reiterou que prefere ver seu pai como candidato.

Eduardo também comentou sobre a vitória de Trump, afirmando que isso “encoraja” a direita no Brasil e “encurrala” o governo atual de Luiz Inácio Lula da Silva, que não se alinha com o novo governo americano. “O Lula não poderá bater de frente com os EUA. O governo Lula perde o governo Biden como aliado. São outros tempos que estão chegando”, disse o deputado.

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Apesar de ter sido desautorizado por Jair Bolsonaro quando se colocou como “plano B” para 2026, Eduardo acredita que a união em torno de uma liderança forte do bolsonarismo será crucial para o sucesso da direita nas próximas eleições, mesmo que o ex-presidente enfrente condenações pela Justiça.

Questionado sobre a concorrência interna na direita, com nomes como Ronaldo Caiado e Pablo Marçal se posicionando para 2026, Eduardo acredita que esses candidatos enfrentarão dificuldades e precisarão se unir em torno de um representante do bolsonarismo. Ele traçou um paralelo com a trajetória de Trump, onde, apesar de várias candidaturas, todos acabaram apoiando a principal liderança.

Eduardo também evitou comentar abertamente sobre negociações no Congresso para reverter a inelegibilidade de Jair Bolsonaro ou a anistia aos condenados pelos atos do 8 de Janeiro, afirmando que essas questões estão sendo tratadas internamente, longe do público, para evitar interferências judiciais.

Por fim, o deputado previu que uma eventual condenação de Jair Bolsonaro poderia reforçar a imagem de seu pai como vítima de perseguição política, o que, segundo ele, poderia provocar “uma comoção” e aumentar sua força para indicar sucessores e eleger outros políticos.

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