Internada no Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes, Juliana apresenta melhora significativa após ser atingida na cabeça.
26 de Janeiro de 2025 às 11h54

Juliana Rangel, jovem baleada pela PRF, já fala e dá os primeiros passos

Internada no Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes, Juliana apresenta melhora significativa após ser atingida na cabeça.

Juliana Leite Rangel, de 26 anos, que foi baleada na cabeça durante uma abordagem da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na véspera de Natal, apresenta uma notável evolução em seu estado de saúde. A jovem, que segue internada no Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, já consegue se comunicar e dar os primeiros passos com auxílio.

Segundo informações divulgadas pela Secretaria de Saúde de Duque de Caxias, Juliana está acordada, lúcida e interagindo bem com a equipe médica. Ela foi transferida do Centro de Terapia Intensiva (CTI) para a enfermaria no último sábado (25), após mais de um mês de internação. O boletim médico mais recente indica que ela respira sem a necessidade de aparelhos e está em processo de reabilitação.

Os médicos relataram que a jovem está se recuperando de forma positiva, participando de sessões de fisioterapia respiratória e motora. Juliana já consegue falar algumas palavras, um avanço significativo em sua recuperação, que foi descrita como um verdadeiro milagre por sua família.

A mãe de Juliana, Dayse Rangel, expressou sua gratidão nas redes sociais, afirmando que a melhora da filha é uma nova chance para a família. “Foi dada uma nova chance a todos nós. Deus nos mostrou que está presente até nos momentos mais difíceis”, escreveu.

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O caso de Juliana ganhou repercussão nacional após o incidente em que seu carro foi atingido por mais de 30 disparos de agentes da PRF. A abordagem, que ocorreu na Rodovia Washington Luís, foi justificada pelos policiais como um erro, alegando que o veículo da família teria disparado primeiro. A PRF afastou os agentes envolvidos e as armas utilizadas estão sendo periciadas.

O pai de Juliana, Alexandre Rangel, também foi ferido durante o ataque, levando a família a enfrentar dificuldades financeiras. Uma vaquinha virtual foi criada para ajudar com os custos médicos e de manutenção durante este período delicado.

As investigações sobre a conduta dos policiais estão sendo conduzidas pela Polícia Federal e pela Corregedoria da PRF. O Ministério Público Federal instaurou um procedimento investigatório criminal para apurar as circunstâncias do caso.

Apesar dos avanços, Juliana continuará internada para acompanhamento médico e reabilitação psicomotora. Não há previsão de alta hospitalar, mas a família mantém a esperança de uma recuperação completa.

A situação de Juliana Rangel destaca não apenas a gravidade da violência policial, mas também a resiliência da jovem e o apoio incondicional de sua família durante esse difícil processo de recuperação.

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