Relatório preliminar revela que penas e sangue de aves foram encontrados nos motores do Boeing da Jeju Air que caiu em dezembro.
27 de Janeiro de 2025 às 12h20

Investigação aponta colisão com pássaros como causa de acidente aéreo na Coreia do Sul

Relatório preliminar revela que penas e sangue de aves foram encontrados nos motores do Boeing da Jeju Air que caiu em dezembro.

As autoridades da Coreia do Sul apresentaram, nesta segunda-feira, 27, um relatório preliminar sobre o trágico acidente aéreo que resultou na morte de 179 pessoas em dezembro. O documento foi enviado à Organização da Aviação Civil Internacional (ICAO) e a autoridades dos Estados Unidos, França e Tailândia, detalhando as primeiras descobertas da investigação.

O acidente, considerado o mais mortal da história sul-coreana, ocorreu com um Boeing 737-800 da companhia aérea Jeju Air, que realizava um voo de Bangkok, na Tailândia, para o Aeroporto Internacional de Muan. Durante uma aterrissagem de emergência, a aeronave não acionou o trem de pouso e colidiu com um muro de concreto, resultando em uma explosão.

O relatório, que se debruçou sobre a possível “colisão da aeronave com pássaros”, revelou que penas e manchas de sangue de aves foram encontradas em ambos os motores do avião. “Essas atividades de investigação completa visam determinar a causa precisa do acidente”, afirmaram os responsáveis pela análise.

De acordo com o documento, os pilotos notaram a presença de pássaros enquanto se aproximavam do aeroporto. Um vídeo de segurança registrou a aeronave se aproximando do bando de aves, e a equipe de voo emitiu um sinal de emergência, conhecido como “mayday”, após a colisão.

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O governo sul-coreano já havia anunciado que o muro de concreto, que foi apontado como um dos fatores que contribuíram para o desastre, será removido e substituído por estruturas mais seguras. O ministro dos Transportes, Park Sang-woo, destacou que essas ações são necessárias para evitar que tragédias semelhantes ocorram no futuro.

O relatório também revelou que as caixas-pretas do avião pararam de registrar dados cerca de quatro minutos antes do acidente. Isso complicou a investigação, que já enfrenta desafios devido à gravidade da colisão e ao incêndio subsequente.

Os motores da aeronave foram recuperados e analisados por especialistas, que confirmaram a presença de penas de aves, identificadas como pertencentes a marrecos do Baikal, uma espécie de pato. Essa informação foi corroborada por análises de DNA realizadas em amostras coletadas no local do acidente.

As autoridades sul-coreanas estão comprometidas em revisar as estruturas de segurança em aeroportos em todo o país, com o objetivo de minimizar riscos de colisões com aves. A modificação das barreiras de concreto em sete aeroportos está entre as ações planejadas para garantir a segurança dos voos.

O acidente de 29 de dezembro, que vitimou a maioria dos 181 passageiros e tripulantes a bordo, deixou uma marca profunda na história da aviação sul-coreana. A investigação continua em andamento, com a expectativa de um relatório final a ser publicado dentro de um ano, conforme exigido pela ICAO.

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