CGE encerra estado de atenção e mantém São Paulo em observação; risco de alagamentos é baixo.
27 de Janeiro de 2025 às 19h08

Chuva em São Paulo diminui e cidade é retirada de estado de atenção para alagamentos

CGE encerra estado de atenção e mantém São Paulo em observação; risco de alagamentos é baixo.

A chuva que atingiu a cidade de São Paulo na tarde desta segunda-feira, 27, provocou um estado de atenção para alagamentos, mas a intensidade das precipitações diminuiu significativamente no final do dia.

Por volta das 17h30, o Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas (CGE) anunciou o encerramento do estado de atenção em todas as regiões afetadas, mantendo a cidade apenas em estado de observação. “O potencial para alagamentos é baixo. As próximas horas não apresentam previsão de temporais na cidade”, informou o CGE em nota.

As chuvas foram causadas pela combinação da brisa marítima com o calor intenso da manhã. Inicialmente, a previsão indicava a possibilidade de precipitações de intensidade moderada a forte, acompanhadas de raios e rajadas de vento, além do risco de alagamentos, quedas de árvores e deslizamentos de terra, devido ao solo já encharcado pelas chuvas anteriores.

Imagens do radar meteorológico do CGE mostraram que as chuvas eram consideradas de nível moderado nas regiões oeste e sul, com as instabilidades se deslocando lentamente pela capital.

Em resposta aos temporais que atingiram a cidade no início da semana, a Defesa Civil do Estado montou um gabinete de crise. O objetivo é atuar de forma coordenada e ágil em casos de emergências. O gabinete permanecerá em funcionamento até a próxima terça-feira.

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Na última sexta-feira, 24, São Paulo enfrentou um dos temporais mais intensos desde o início das medições do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), com registros de 125mm de chuva, o terceiro maior volume em 64 anos, correspondendo a quase metade do esperado para todo o mês de janeiro, que é de 288mm.

A tempestade causou diversos transtornos, incluindo alagamentos em ruas e estações de metrô, enxurradas e o desabamento de uma casa e do teto do Shopping Center Norte, localizado na Vila Guilherme, zona norte da capital.

Moradores da Vila Madalena, na zona oeste, enfrentaram sérios problemas, com suas casas inundadas e muitos pertences perdidos. No dia seguinte à tempestade, era possível observar veículos empilhados nas vias, arrastados pela força das águas.

Entre as vítimas, estava o artista plástico Rodolpho Tamanini Netto, residente em Pinheiros, também na zona oeste, que teve sua casa invadida pelas águas e foi encontrado morto no sábado, 25. Desde o início de dezembro, o Estado de São Paulo já registrou 17 mortes em decorrência das chuvas.

No domingo, 26, uma nova chuva forte atingiu a cidade e a região metropolitana, embora com menor intensidade. Os temporais causaram alagamentos, o desabamento da laje de uma garagem em Guarulhos e a queda de árvores. O jogo entre São Paulo e Corinthians, no Morumbi, zona sul, precisou ser adiado em uma hora devido à tempestade.

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