Frio intenso dificulta buscas por vítimas de acidente aéreo em Washington
Colisão entre avião da American Airlines e helicóptero militar deixa 19 mortos no Rio Potomac.
As operações de resgate no Rio Potomac, em Washington, D.C., estão sendo severamente afetadas pelas temperaturas congelantes que atingem a região. Na manhã desta quinta-feira (30), mais de 300 socorristas, incluindo bombeiros e mergulhadores, estão mobilizados na busca por sobreviventes do trágico acidente aéreo ocorrido na noite anterior.
O incidente, que envolveu um avião comercial da PSA Airlines, uma subsidiária regional da American Airlines, e um helicóptero militar Black Hawk, resultou na morte de pelo menos 19 pessoas. O avião, que transportava 60 passageiros e quatro tripulantes, colidiu com o helicóptero enquanto se preparava para pousar no Aeroporto Nacional Ronald Reagan.
As condições climáticas adversas, com temperaturas em torno de 3°C e ventos fortes, complicam ainda mais as operações de resgate. O chefe do Corpo de Bombeiros de Washington, John Donnelly, descreveu a situação como “extremamente difícil”, ressaltando que a equipe enfrenta o desafio do gelo nas águas do rio, que representa um risco elevado de hipotermia.
O acidente ocorreu por volta das 21h, horário local. O helicóptero, que estava em um exercício de treinamento, levava três soldados a bordo. As autoridades ainda não confirmaram a identidade das vítimas, mas a expectativa de encontrar sobreviventes é considerada baixa.
Relatos iniciais indicam que o avião foi encontrado partido ao meio, enquanto o helicóptero estava virado de ponta-cabeça na água. A temperatura da água, que estava em cerca de 1,6°C na noite do acidente, pode ser fatal em apenas 15 minutos, segundo especialistas.
O CEO da American Airlines, Robert Isom, expressou sua “profunda tristeza” em um vídeo divulgado, afirmando que a companhia está fazendo o possível para fornecer informações precisas às famílias das vítimas. “Estamos arrasados após esta tragédia indescritível”, disse um porta-voz da comunidade de patinação artística dos EUA, que tinha vários membros a bordo do voo.
As investigações sobre as causas da colisão estão em andamento. Até o momento, a hipótese de um ato terrorista foi descartada. A Força-Tarefa Conjunta da Região da Capital Nacional, através de sua porta-voz Heather Chairez, informou que ainda não se sabe de onde o helicóptero havia decolado antes do acidente.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi informado sobre o acidente e, em um comunicado, expressou suas condolências às famílias afetadas. Ele destacou que muitas agências estão envolvidas nas operações de resgate e que a situação está sendo monitorada de perto.
O Aeroporto Nacional Ronald Reagan permanece fechado até pelo menos as 11h da manhã desta quinta-feira, horário local, enquanto as autoridades continuam a trabalhar nas operações de busca e recuperação. A colisão trouxe à memória o trágico acidente do voo 90 da Air Florida, que caiu no mesmo rio em 1982, resultando na morte de 78 pessoas.
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