O presidente brasileiro disse que, se Donald Trump taxar produtos do Brasil, haverá reciprocidade, mas o Brasil já impõe diversas taxas.
30 de Janeiro de 2025 às 13h52

Lula afirma que reciprocidade será a resposta a taxas de Trump sobre o Brasil

O presidente brasileiro disse que, se Donald Trump taxar produtos do Brasil, haverá reciprocidade, mas o Brasil já impõe diversas taxas.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quinta-feira (30) que o Brasil responderá com "reciprocidade" caso o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, decida aumentar as taxas sobre produtos brasileiros. Em declarações feitas durante uma coletiva de imprensa, Lula enfatizou que a medida é simples: "Se ele taxar os produtos brasileiros, haverá reciprocidade do Brasil em taxar os produtos que são exportados para os Estados Unidos. Simples".

Essa declaração surge em um contexto onde o Brasil já possui uma política de tarifas sobre importações, o que torna a retaliação proposta por Lula uma prática comum no comércio internacional. O presidente brasileiro minimizou o impacto das relações comerciais entre os dois países, afirmando que a exportação do Brasil para os EUA não é tão significativa quanto se imagina, totalizando cerca de US$ 45 bilhões.

Lula também destacou a importância do respeito à soberania dos países, afirmando que Trump "só tem que respeitar a soberania dos outros países". Ele enfatizou que a civilidade deve prevalecer nas relações internacionais, especialmente entre duas nações que possuem um histórico de interações complexas.

O presidente brasileiro fez referência a ações recentes de Trump, que anunciou a intenção de taxar produtos de outras nações para fortalecer a economia americana. Lula, por sua vez, se mostrou cético quanto a essa abordagem, sugerindo que a imposição de tarifas pode não ser a solução ideal para os desafios econômicos enfrentados pelos Estados Unidos.

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Além disso, Lula criticou a decisão de Trump de retirar os EUA do Acordo de Paris, chamando essa atitude de "uma regressão para a civilização humana". Essa declaração reflete a preocupação do presidente brasileiro com questões ambientais e a necessidade de cooperação internacional para enfrentar desafios globais.

Durante a coletiva, Lula também mencionou que não tem interesse em estabelecer um contato direto com Trump neste momento, preferindo que a relação entre os dois países seja pautada pelo respeito mútuo. "Eu quero respeitar os Estados Unidos e quero que o Trump respeite o Brasil. É só isso, se isso acontecer, está de bom tamanho", afirmou.

Com a crescente tensão comercial entre os dois países, a posição de Lula pode ser vista como uma tentativa de reafirmar a autonomia do Brasil nas relações internacionais, ao mesmo tempo em que busca manter um canal de diálogo aberto com a administração americana. A expectativa é que a situação evolua conforme as políticas comerciais de Trump se tornem mais claras nos próximos meses.

Enquanto isso, a comunidade internacional observa atentamente as movimentações de ambos os líderes, especialmente considerando as implicações que uma escalada nas tarifas pode ter sobre a economia global.

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